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18/10/2017
Relatório das Nações Unidas aponta necessidade de cumprimento dos ODS para redução de desigualdade
O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) divulgou o relatório Situação da População Mundial 2017 nesta terça-feira, 17 de outubro. O documento alerta para a condição das mulheres e a importância do cumprimento do Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) para redução das desigualdades sociais, bem como para construir um mundo mais inclusivo em especial para as meninas e mulheres, o extrato social considerado mais vulnerável.
O relatório sobre a Situação da População Mundial é publicado anualmente pelo UNFPA desde 1978. A cada ano, o estudo enfoca questões de interesse da atualidade relacionadas a população de países em desenvolvimento.
O custo das desigualdades, em especial na saúde e na garantia dos direitos sexuais e reprodutivos, pode se estender a todos os objetivos globais, ressalta o relatório intitulado Mundos Distantes: Saúde e direitos reprodutivos em uma era de desigualdade. O relatório ressalta que a demanda não atendida por serviços de saúde, incluindo o planejamento reprodutivo, pode enfraquecer as economias e sabotar o progresso já alcançado em direção ao cumprimento do primeiro ODS, de eliminação da pobreza.
O papel da mulher é ressaltado no relatório, que mostra como a falta de acessos básicos reforça a vulnerabilidade e amplia as desigualdades de outras áreas. Mulheres que não possuem acompanhamento gestacional adequado estão mais vulneráveis a terem partos sem assistência de profissionais de saúde, podendo ocasionar abortos, uma realidade de países em desenvolvimento como o Brasil. A falta de acesso a serviços de educação como creches dificulta o acesso de mulheres pela busca de empregos. Esse cenário envolve os ODS 3, 4, 8 e 10.
Segundo apontamentos do relatório, apenas metade das mulheres em todo o mundo possui emprego remunerado. Globalmente, o que é pago às mulheres corresponde a 77% do que é pago aos homens. Em todo o mundo, três em cada cinco mulheres não têm acesso a licença-maternidade. No Brasil, um em cada cinco bebês nasce de mães adolescentes. Entre elas, de cada cinco, três não trabalham nem estudam; sete em cada dez são afrodescendentes e aproximadamente a metade mora na região Nordeste.
O Brasil, segundo pesquisa do Banco Mundial, tem o maior número de casos de casamento infantil da América Latina e o quarto no mundo. No país, 36% da população feminina se casa antes dos 18 anos. O casamento infantil é uma realidade a ser combatida pelo ODS 5.
Agenda ODM
Os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM) foi a agenda global anterior aos ODS. Os ODM eram oito objetivos que visavam a construção de um mundo mais inclusivo.
Firmado nos anos 2000, o Brasil foi um dos países que conseguirem alcançar com totalidade as metas previstas e assim tornou-se exemplo nessa agenda. Espera-se agora que o Brasil dedique o mesmo esforço em trabalhar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
Agenda ODS
Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável são 17 objetivos de 169 metas que visam a construção de um futuro mais sustentável e inclusivo. Os objetivos trabalham com agendas especificas como a questão de saúde, saneamento, educação, porém um diferencial dessa agenda global é o trabalho transversal do papel da mulher. O ODS de 5 é específico para a questão de gênero, mas as mudanças necessárias são restringem a esse objetivo.
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