Regularizada a permanência de 909 imigrantes ilegais abrigados no Acre

O terremoto que atingiu o Haiti em 2010 trouxe uma enxurrada de imigrantes ilegais para o Brasil, que vem causando uma série de problemas para os Municípios do Acre. Os Municípios não estavam preparados para este tipo de problema, afirmou o governador do Estado, Tião Viana na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, na manhã desta quarta-feira, 17 de abril.

“Hoje a situação está sob controle, mas não deixa de ser grave porque não sabemos o dia seguinte”, afirmou Viana, lembrando que o número de imigrantes que requerem vistos é maior que a capacidade brasileira de concedê-los.

Em três dias de trabalho em Brasiléia, no Acre, foram regularizadas a situação de 909 imigrantes ilegais, vindos, em sua maioria, do Haiti. Os imigrantes de outras nacionalidades abrigados na cidade também tiveram protocolos iniciais de regularização emitidos.

Em nota, o Ministério da Justiça informou que 623 Cadastros de Pessoa Física (CPFs) foram entregues e mais 500 pré-cadastrados, 852 carteiras de trabalho emitidas, 758 delas para haitianos. Dos haitianos cadastrados, 89 já estão empregados e encaminhados para empresas do Paraná e de Santa Catarina. Durante o mutirão de regularização, os profissionais de saúde não detectaram doenças. Cerca de 560 pessoas foram vacinadas. O governo considera a situação de saúde “sob controle”.

De dezembro até agora, aproximadamente 1,7 mil imigrantes irregulares chegaram ao Estado via fronteira com a Bolívia e o Peru. Só os haitianos já chegaram a contabilizar cerca de 260 em um único dia.

Agência CNM, com informações da Agência Brasil e Agência Câmara