Publicação da Comissão Econômica para a América Latina mostra avanços e desafios dos países

Os países da América Latina avançaram em pontos-chave dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). A conslusão é da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), que lançou uma publicação referente ao tema nesta quarta-feira, 9 de setembro.

"América Latina e Caribe: Um olhar para o futuro a partir dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio" mostra que os países da região avançaram na redução da pobreza extrema, fome e mortalidade infantil; na inserção de meninas na educação; e no acesso à água potável.

Entre 1990 e 2015, os países analisados reduziram mais da metade o número de pessoas que viviam com menos de um dólar por dia. Além disso, registraram a maior taxa de emprego dos últimos 20 anos.

Educação e igualdade
Na Educação, a América Latina teve 92% de conclusão de ciclo de educação primária, apesar de ainda ser preocupante o analfabetismo funcional e de não ter alcançado a meta do acesso universal à educação.

Para atingir a maior igualdade de gênero, aumentou o ingresso de meninas nas escolas, mas no mercado de trabalho, a participação feminina é menor e os salários são mais baixos se comparados aos dos homens. Na esfera política, a participação das mulheres aumentou em 27,4%.

Futuro
De acordo com a publicação, os esforços dos países latino-americanos devem ser agora para reduzir a mortalidade materna e as emissões de gases estufa.

Os resultados da publicação serão o ponto de partida para a Agenda de Desenvolvimento Sustentável 2030 (Agenda Pós-2015), que vai ser aprovada em duas semanas pelos Estados-membros das Nações Unidas.

Novas metas e objetivos
A Agenda Pós-2015, que será adotada no final de setembro pelos Estados-membros da ONU, traz 17 objetivos e 169 metas que vão estimular a ação nos próximos 15 anos em áreas de importância crítica para a construção de um mundo mais justo e sustentável.

Na Conferência Rio+20, promovida no Rio de Janeiro em 2012, os países se comprometeram com a criação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Trata-se de um conjunto de metas que substituirão os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e valerão por mais 15 anos até 2030. Mas, os ODM não serão esquecidos. Eles serão incorporados pela nova agenda dos ODS.

Os ODS devem estabelecer marcos que possibilitem avanços na direção de novo modelo de desenvolvimento. Do mesmo modo que os ODM, os ODS serão compostos de objetivos, metas, índices específicos para cada país e um conjunto de indicadores para acompanhamento de seu progresso.

Envolvimento dos gestores
Como porta voz dos Municípios brasileiros, a CNM tem se posicionado em fóruns internacionais e nacionais e busca o envolvimento direto dos gestores locais na Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 e nos ODS. Pois, as autoridades locais são o âmbito de governo mais próximo da população.