Notícias
29/04/2019
Pesquisa traz dados referentes à divisão de tarefas domésticas
Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE) trouxe dados referentes à divisão de tarefas domésticas por pessoas de diferentes sexos. Os números integram a publicação Outras Formas de Trabalho 2018, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
O resultado, publicado no dia 26 de abril, cita que as mulheres dedicam mais horas aos afazeres domésticos e cuidado de pessoas, mesmo em situações ocupacionais iguais a dos homens. Entre as pessoas de 14 anos ou mais, 147,5 milhões (87%) realizaram afazeres domésticos e/ou cuidado de pessoas em 2018. As mulheres não ocupadas no mercado de trabalho dedicavam 23,8 horas a essas atividades, enquanto os homens nessa mesma situação, 12 horas. A diferença também era grande entre mulheres (18,5 horas) e homens (10,3 horas) ocupados.
A taxa de realização de afazeres domésticos das mulheres (92,2%) continuou maior do que a dos homens (78,2%), apesar de ter diminuído em comparação com o ano anterior (17,9 pontos percentuais) e em 2017 (15,3). Dez milhões de homens e mulheres no país passaram a se dedicar às atividades do lar desde 2016.
A pesquisa aponta, ainda, que os homens têm aumentado sua coparticipação em atividades domésticas, mas, mesmo assim, as mulheres ainda são em sua maioria responsáveis. A dupla jornada, trabalhando fora e dentro de casa, continua sendo mais evidente na vida das mulheres.
Enquanto as mulheres dedicaram, em média, 21,3 horas semanais a afazeres ou cuidados de parentes, os homens só empenharam 10,9 horas nesse tipo de tarefa. Se somadas as jornadas de trabalho mais as tarefas domésticas e cuidado de pessoas, as mulheres trabalharam 3,1 horas a mais do que os homens semanalmente.
Jornada dupla para as prefeitas brasileira
O mesmo acontece com as gestoras locais. No ano de 2018, o Instituto Alziras, em parceria com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), realizou levantamento com as gestoras locais brasileiras confirmando que o cenário se repete. Os dados mostram que 50% das prefeitas se encarregam das compras de casa e uma em cada cinco prefeitas destaca o trabalho doméstico dentre as principais dificuldades enfrentadas em sua carreira política.
Da Agência CNM de Notícias com informações do IBGE