Lideranças femininas apontam desafios de ser uma mulher negra na política

Neste domingo, 25 de julho, foi Dia da Mulher Negra no Brasil. Em comemoração à data, o Movimento Mulheres Municipalistas (MMM) apresenta, durante essa semana, uma série de entrevistas com lideranças femininas negras na política brasileira e latino-americana. A vice-governadora do Espírito Santo (ES), Jacqueline Moraes, e a vereadora do Município de Goiás (GO) Elenizia da Mata conversaram com a Agência de Notícias da Confederação Nacional de Municípios (CNM) sobre os desafios de ser uma mulher negra na política.

A primeira mulher negra eleita para uma Assembleia Legislativa no Brasil foi Antonieta de Barros em 1934. De lá para cá, os avanços são inegáveis, mas ainda há um longo caminho a ser trilhado. A participação política de mulheres vem crescendo, mas quando se trata especificamente de mulheres negras, o déficit ainda é grande. Mesmo com a decisão do Superior Tribunal Eleitoral (TSE) que estabeleceu uma cota de 30% para candidaturas de mulheres nos partidos, não existe nada com relação à questão racial.

As eleições municipais realizadas em 2020, além da obrigatoriedade de 30% das vagas para mulheres, destinou tempo proporcional ao programa eleitoral e recursos do fundo eleitoral às candidaturas brancas e negras. Atualmente as mulheres negras representam 490 das vereadoras eleitas e 45 das vice-prefeitas.

Na conversa com as gestoras públicas, a CNM questionou sobre os desafios enfrentados no início de suas carreiras políticas e a importância de incentivar e impulsionar mulheres a buscarem conhecimento sobre gestão. Além disso, falamos sobre como grupos como o Movimento Mulheres Municipalistas são essenciais nesse processo de garantia de espaço das mulheres, em especial, das mulheres negras.

Na Rádio CNM você ouve as entrevistas:

Vice-governadora do Espírito Santo (ES), Jacqueline Moraes

Vereadora do Município de Goiás (GO) Elenizia da Mata

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Da Agência CNM de Notícias