Fórum Urbano Mundial: Medellín lança carta sobre o futuro das áreas urbanas

A prefeitura de Medellín, na Colômbia, lançou a Carta sobre o futuro das cidades e o desenvolvimento – assuntos abordados no 7.º Fórum Urbano Mundial. O evento propôs debater a situação atual e os esforços na disseminação do desenvolvimento urbano sustentável. Nesse sentido, Medellín buscou compartilhar com os outros governos locais as estratégias que a tornaram uma referência internacional em termos de inovações urbanas, as quais permitiram lidar com os altos índices de violência e exclusão social e promover uma cidade mais inclusiva. 

O documento apresenta o conceito de Cidades pela Vida, e está estruturado em duas partes. A primeira discute os motivos, valores e princípios que poderia contribuir para a sustentação da visão da cidade para a vida. A segunda trata da gestão integral das cidades e seus desafios. 

Além de disponibilizar a carta que contém as estratégias adotadas pela cidade para promover uma transformação social e urbana, o prefeito de Medellín, Aníbal Gaviria Correa, apresentou a decisão de criar a Plataforma Tecnológica de Soluções Urbanas para dar continuidade às discussões do fórum. 

Soluções adotadas
Na carta uma série iniciativas implantadas por Medellín foram mencionadas. Segundo uma política de inovação científica e tecnológica e apoio ao empreendedorismo, a cidade tornou-se um local de forte presença de empresas locais que se converteram em multilatinas. O diálogo direto entre o público e o privado é reforçado por um comitê regional. 

A promoção de arte e cultura foi potencializada pela realização de feiras culturais, como a Festa do Livro e da Cultura, o Festival Internacional de Poesia e a Feira das Flores. Além de contar com uma rede de bibliotecas integradas, desenvolveram um Plano Municipal de Leitura, executando mais de doze programas para o fomento da leitura. 

Planejamento
Medellín também conseguiu reduzir a violência, ilegalidades e conflitos urbanos, por meio de um planejamento coletivo. Isso foi possível com o apoio das ONGs, as quais apresentam boa capacidade de organização, e as agremiações de empresas. 

Adotou também o chamado urbanismo social. Um dos exemplos de maior destaque foi o Metrocable (teleférico urbano), que levou acesso ao metrô a comunidades suburbanas pobres as quais gastavam muito tempo no sistema de ônibus. Uma moradora da região de Santo Domingo Savio contou à Confederação Nacional de Municípios (CNM) que o metrocable permitiu que reduzisse de 2h para 15min o tempo que gasta para chegar ao centro da cidade. A entidade participou do Fórum. 

A Carta de Medellín traduzida aqui