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09/07/2015
Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) realizado em 2009 constatou que os acidentes no trânsito são a nona maior causa de mortes no mundo. Diante da estatística, a Organização das Nações Unidas (ONU) editou uma Resolução em 2010 em que considera o período de 2011 a 2020 como a Década de ações para a segurança no trânsito.
De acordo com o estudo da OMS feito em 178 países, cerca 1,3 milhão de pessoas perderam a vida por acidentes de trânsito somente em 2009. Nesse contexto, a média foi de 3 mil óbitos por dia. Se for levada em consideração a faixa etária, os acidentes no trânsito é o primeiro responsável pelo óbito das pessoas entre 15 a 29 anos e o terceiro da população entre a idade de 30 a 44. O estudo também apontou que outras 50 milhões de sobreviveram com sequelas.
Nos resultados da pesquisa, O Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, atrás apenas da Índia, China, EUA e Rússia. Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito estão logo atrás. Juntas, essas nações são responsáveis por 62% das mortes por acidente no trânsito.
“Situação será agravada”, prevê a CNM
A CNM alerta que a situação vai se agravar mais justamente nesses países. Os motivos apontados pela entidade são aumento da frota, da falta de recursos para o planejamento e do baixo investimento na segurança das vias públicas. A Confederação alerta que se continuar no passo atual, o Brasil logo ficará entre os três países do mundo que mais matam pessoas no trânsito.
A estimativa da OMS em nível mundial também aponta projeções pessimistas. Segundo informações, a tendência é que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020. Se for confirmada a previsão, a morte no trânsito ocupará a quinta maior causa. Outra estimativa da OMS eleva o número de óbitos para 2,4 milhões em 2030. Nesse mesmo período, 20 milhões a 50 milhões de pessoas sobreviverão com traumatismos e ferimentos aos acidentes.
O aumento de veículos nas rodovias de todo o Brasil eleva o risco de acidentes. No entanto, os recursos parados no Fundo Nacional de Segurança e Educação no Trânsito (Funset) atingiram valor recorde de R$ 764,5 milhões.
O montante alocado na chamada “Reserva de Contingência” representa 82% do total dos R$ 933,9 milhões orçados para o fundo neste ano. Com os recursos indisponíveis, a execução efetiva da verba do Fundo atingiu apenas 14,4% no ano. A Reserva costuma ser utilizada para facilitar a obtenção do superávit primário do governo federal, ou seja, os recursos são contingenciados e auxiliam no fechamento das contas.
O fundo é gerido pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), do Ministério das Cidades, por intermédio do programa Mobilidade Urbana e Trânsito. O dinheiro do fundo, instituído em 1998, deve ser usado, obrigatoriamente, em campanhas educativas, em projetos destinados à prevenção e redução de acidentes e na articulação entre os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito. Por lei, 5% do valor das multas de trânsito devem ser depositados mensalmente na conta do Funset.
Prejuízos
Além do grande impacto devido a perda, os acidentes representam um prejuízo de US$ 518 bilhões por ano. O valor corresponde entre 1% e 3% do Produto Interno Bruto de cada país. A ONU declara que a intenção da Década de ação para a segurança no trânsito é poupar 5 milhões de vidas até 2020 por meio de planos nacionais, regionais e mundial.