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13/08/2021
Desafios das políticas para a juventude são discutidos no Bate-papo da CNM
Os rumos das políticas públicas para a juventude no pós-pandemia foram detalhados nesta sexta-feira, 13 de agosto, no Bate-papo promovido pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) com a Secretária Nacional de Juventude do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH), Emily Silva; e a presidente do Mapa Educação e Conselheira Nacional da Juventude (Conjuve), Wesla Monteiro. Os participantes apresentaram orientações aos gestores sobre como implementar ações eficazes para esse público nas cidades.
A escolha do tema na transmissão remete ao Dia Internacional da Juventude, celebrado no dia 12 de agosto. Analista técnica da área de Mulheres e Juventude da CNM, Thais Lima informou a expressividade da juventude no país, que chega a ⅓ da população, sendo 52% representada por mulheres. Ao mencionar esses dados, a colaboradora lamentou que muitos desses jovens não tiveram oportunidades, cenário que atenuou durante a pandemia.
Nesse aspecto, informou que os Municípios podem ajudar a reverter esse cenário com o planejamento de políticas públicas para a juventude, desde que possuam estrutura para viabilizar essas ações. “A gente precisa estar atento às necessidades da juventude que está no Município. O jovem tem o papel de transformação do futuro e precisa ter oportunidades. Ele representa o motor de desenvolvimento do país”, disse ao mencionar dados de uma pesquisa que aponta o interesse dos jovens em permanecer na sua cidade natal.
Desafios na pandemia
Considerada a principal plataforma oficial de representação e de participação social juvenil do país, o Conjuve trabalha com diversos atores para formular e propor diretrizes voltadas à melhoria das políticas de juventude e organiza estudos com recorte desse público no país. A pesquisa Juventudes e a Pandemia feita pelo órgão trouxe um recorte que mostrou a preocupação com o aumento de 43% da evasão escolar na pandemia.
Ao informar os dados, a presidente do Mapa Educação e conselheira do Conjuve fez um alerta aos gestores. “Esse é um ponto que o Município tem que pensar em como evitar a evasão. Os dados chamaram muito a atenção”, disse, Wesla Monteiro. O levantamento trouxe também recortes sobre a saúde, principalmente com os cuidados com as condições físicas e emocionais na pandemia.
Mais de 60% dos jovens relataram aumento do grau de ansiedade, outro ponto de apreensão citado pela convidada por representar risco para uma possível depressão. “Temos que cuidar do jovem durante o processo. Cerca de 9% dos jovens que responderam à pesquisa chegaram a se automutilar ou ter pensamentos suicidas”, relatou ao também citar recortes socioemocionais que estão no levantamento.
Doação de sangue
Emily Silva lembrou que a Secretária Nacional de Juventude é responsável por promover os direitos dos jovens e as políticas da juventude. Uma das ações recentes foi o lançamento do Guia para a Juventude - cartilha que direciona ações para o jovem.
Entre as orientações do documento estão a conscientização para a vacinação desse público e o estímulo à doação de sangue que diminui drasticamente durante a pandemia. “Os Hemocentros estão com os estoques muito baixos e fizemos a campanha para que os jovens pudessem doar”, disse. Sobre a pesquisa do Conjuve, a secretária pediu atenção especial às pessoas que estão próximas dos jovens. “É um número muito alto de suicídios. Faço apelo aos professores e aos pais sobre esses casos. O Ministério da Saúde lançou curso para prevenir a automutilação e o suicidio. A gente também tem trabalhado no fortalecimento de vínculos familiares”, informou.
Orientações
As participantes listaram orientações que podem ser seguidas pelos gestores para o fortalecimento das políticas da juventude. Thais Lima destacou que os representantes dos Entes locais precisam primeiro conhecer a juventude do seu Município, sendo uma sugestão a implementação do orçamento participativo. Outra forma seria articular com as demais secretarias da cidade e pensar em ações inovadoras com a temática dos jovens. “Converse com as secretarias, pense de uma maneira transversal na implementação da juventude. Trabalhe com o jovem esse senso de pertencimento da família”, exemplificou a colaboradora da CNM.
O Conjuve possui projetos para ajudar os Municípios a entenderem as necessidades dos jovens. Um dos pontos lembrados na palestra foi a criação de um órgão para tratar a pauta da juventude. Já a Secretaria Nacional de Juventude vai lançar um curso de formação em política pública de juventude para auxiliar os gestores. “A gente vai mostrar o Estatuto da Juventude, do Conselho e como acessar os recursos federais para o Município”, adiantou Emily Silva. Acesse os materiais divulgados na transmissão:
Pesquisa juventudes e a pandemia
Agenda Municipal para e com as Juventudes
Juventude empreendedora
Acompanhe a íntegra do Bate-papo:
Por: Allan Oliveira
Da Agência CNM de Notícias
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