O Quadro apresenta quatro prioridades, sete metas e vários princípios orientadores com um foco mais explícito nos indivíduos. A Conferência reconheceu a necessidade de focar as ações dos níveis local, regional, nacional e global em quatro áreas prioritárias.

No aspecto global, foram priorizadas a compreensão do riscos de desastres; o fortalecimento da governança para gerenciar o risco de desastres; o investimento na resiliência para a redução do risco de desastres; e a eficácia da recuperação, reabilitação e reconstrução.

Além disso, os representantes entraram em acordo em Sete Metas Globais para serem cumpridas em um prazo de 15 anos. Entre elas, estão a redução substancial na mortalidade global relacionada a desastres, comparativamente ao período 2005-2015; a redução substancial no número de pessoas afetadas, comparativamente ao período 2005-2015 e a redução direta das perdas econômicas em relação ao Produto Interno Bruto Global (PIB).

Outras ações inclusas nas Metas são a redução substancial nos danos a infraestruturas e a serviços como saúde e educação; aumentar o número de países com estratégias nacionais e locais de redução de risco de desastres e aumentar a cooperação internacional a países em desenvolvimento como complemento a suas ações nacionais para cumprimento dessas metas.

Também faz parte da lista o aumento da acessibilidade da população à sistemas de alerta de desastres e outras informações sobre o risco de desastres.
 

Papel dos governos locais
A concretização dos resultados obtidos em acordo na Conferência necessitam de compromissos fortes e o envolvimento de lideranças políticas em todos os países e em todos os níveis de governo na execução das metas. Nesse sentido, a Declaração destacou a necessidade de que governos nacionais e a comunidade internacional empoderam autoridades locais através de meio regulatórios, financeiros e da cooperação.

Além disso, ao focar no indivíduo, a Declaração reforça o papel das autoridades locais principalmente na tarefa de aumentar a conscientização da população sobre riscos e estratégias de recuperação. O gerenciamento de desastres do governo local é também o que mais deve ser sensível a parcelas da população como de mulheres, crianças, idosos, imigrantes, indígenas e deficientes.
 

Anfitriã da Conferência
Sendai, sede do evento, recebeu cerca de 6500 visitantes para acompanhar a Conferência. Os trabalhos tiveram início no dia 14 de março. A cidade foi saudada por sua recuperação fantástica após o terremoto e o tsunami massivos em 2011. Os fenômenos naturais ocasionaram, consequentemente, o acidente nuclear de Fukushima no mesmo ano.