Notícias
09/03/2015
Comissão internacional debate a inserção das mulheres no poder político
Juntamente com o Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março, este ano também foi aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Beijing. O documento reúne objetivos estratégicos na promoção dos direitos das mulheres. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) convida os gestores municipais a conhecerem mais sobre a declaração e a importância desses debates na agenda local e global.
A Declaração foi aprovada por 189 chefes de governo, durante a IV Conferência das Nações Unidas sobre a Mulher, em setembro de 1995. Dentre as conferências mundiais sobre o tema, essa é considerada a mais importante, devido ao número de países participantes, aos avanços conceituais que conquistou e à influência que tem até hoje na temática.
O maior legado do documento é um conjunto de objetivos estratégicos e ações práticas, distribuídos em 12 áreas prioritárias: 1. Mulheres em situação de pobreza; 2. Violência contra a mulher; 3. Efeitos dos conflitos armados sobre a mulher; 4. Insuficiência de mecanismos institucionais para a promoção do avanço da mulher; 5. Deficiências na promoção e proteção dos direitos da mulher; 6. Necessidade de proteção e promoção voltadas especificamente para os direitos da menina; 7. Desigualdades em temas como acesso à educação; 8. Saúde; 9. Estruturas econômicas; 10. Poder político e tomada de decisão; 11. Meios de comunicação; e 12. Recursos naturais.
Apesar de todos os avanços promovidos pela Declaração e Plataforma de Ação de 1995, muito de seu conteúdo é considerado ainda uma promessa não atingida. Para revisar essas ações, tem início nesta segunda-feira, 9 de março, a 59.ª Sessão da Comissão sobre o Status da Mulher. Os representantes estarão reunidos em Nova Iorque, nos Estados Unidos, até o dia 20 de março. O tema do evento será as mulheres no poder político e tomada de decisão.
Outros objetivos
A Comissão busca também inserir a questão de gênero em outros temas debatidos atualmente na agenda global. Este é um ano importante de definição de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e, portanto, um momento para debater a igualdade de gênero como prioridade.
Posicionamento
Para a rede mundial de Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU), entidade da qual Paulo Ziulkoski é o vice-presidente para a América Latina, essa inicativa é decisiva.
Assim como acontece na agenda global, é importante que se contribua nas agendas locais com a promoção de mais mulheres nos processos de tomada de decisão. Uma maior presença de mulheres na governança local irá empoderar as gerações futuras de cidadãos e cidadãs, para que construam um mundo mais igualitário.