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13/04/2009

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CNM destaca importância de dedicar atenção às questões internacionais

CNM


Para alguns gestores municipais, assuntos internacionais são tratados como temas distantes, ou seja, não fazem parte da realidade dos municípios. Mas, diante do atual cenário de crise internacional e que gera efeitos em todo o mundo em virtude da globalização, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca que os gestores devem avaliar a posição dos municípios frente ao cenário internacional.

 

Ainda em outubro do ano passado, o Brasil começou a sentir os efeitos da crise em sua economia, quando as Bolsas de Valores do mundo inteiro começaram sofrer quedas. Já nos dois últimos meses de 2008, começaram a aparecer os primeiros sinais de desaquecimento econômico com quedas na produção, isso fez com que a arrecadação federal começasse a ter os primeiros sinais de queda.

 

Queda do FPM
Dezembro de 2008 foi o primeiro mês em que a principal transferência da União para as prefeituras, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), registrou uma queda depois de seis anos de crescimento constante – 10% por ano, em média. Nos meses seguintes, a queda ficou ainda mais evidente: no primeiro trimestre deste ano, a queda foi de 6,5% em comparação ao mesmo período do ano passado.
 
Para tentar diminuir os impactos da crise, o governo federal adotou medidas como desonerações tributárias, por exemplo. Mas, como reflexo, segundo cálculos da Confederação Nacional de Municípios (CNM), a União renunciará a R$ 8,9 bilhões. Nas transferências relacionadas ao FPM, a redução será de R$ 2,1 bilhões.

 

Segundo a CNM, a situação é bastante preocupante para os municípios pois, com a redução de suas transferências, os municípios não podem executar os investimentos necessários para combater a crise. Esta situação causa um círculo vicioso, em que o estado não consegue investir, não pode gerar mais emprego e renda e, com isso, não consegue arrecadar impostos, agravando ainda mais a crise interna.


Governos Locais Internacionais frente à Crise
Durante a 22ª Sessão do Conselho Diretor do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (UN-Habitat), realizado no dia 30 de março deste ano, a CNM uniu-se ao coro da rede global de Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU) em favor dos governos locais de todo o mundo. Na ocasião, representantes da CNM puderam defender o municipalismo latino-americano em temas relacionados à crise financeira.

 

Na ocasião, foram apresentadas recomendações do movimento municipalista internacional, que traduzem os desafios dos governos locais frente à crise. Dentre essas recomendações, destacam-se: a necessidade de, ao menos, 20% da cooperação internacional ser direcionada à esfera mais próxima das cidades, que têm maior competência para tratar de temas como habitação, educação e saúde; a importância de serem alocados aos Governos Locais os recursos suficientes para a gestão de suas funções que, muitas vezes, são extensas e de grande importância para o desenvolvimento de todo o país; o imperativo do aumento do volume de empréstimos diretos para os governos locais, com avaliação sobre a necessidade da garantia do estado nacional, empréstimos esses que sejam feitos em moeda nacional, com redução nas taxas e extensão do período para pagamento.

 

Habitação
No evento, também foi abordada a questão habitacional como um dos campos bastante afetados pela crise. As suas implicações negativas, refletidas na indisponibilidade imediata de fundos para o desenvolvimento, recaem massivamente sobre a área de infra-estrutura e sobre a capacidade de financiamento para a habitação.

 

No caso brasileiro, foram tomadas medidas para tentar driblar esta dificuldade, mas como alertou a CNM, o programa habitacional proposto prioriza as capitais, as regiões metropolitanas e os municípios com população acima de 100 mil habitantes – o equivalente a 573 municípios e, em condições especiais, os 254 municípios com população entre 50 a 100 mil habitantes, fato que acaba por dificultar o acesso dos mais necessitados ao direto à habitação e possibilita um agravamento no problema da migração às grandes cidades.
 
No dia 7 de abril, mais de 600 prefeitos brasileiros participaram da mobilização ‘Os Municípios e a Crise Econômica’ organizada pela CNM para a discussão de estratégias para lidar com a crise financeira. Nesse encontro, os prefeitos brasileiros tiveram espaço para debater e expor opiniões a respeito de formas de como os municípios devem se ajustar à crise nas finanças municipais.

 


Veja aqui o Estudo Aprofundando da Crise

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