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18/10/2017

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Cidade de São Paulo é uma das mais perigosas do mundo para as mulheres; aponta pesquisa

4403827916 17e09d72d1 oUm levantamento identificou que o Município de São Paulo e de Nova Déli, na Índia, são as duas cidades mais perigosas no mundo para as mulheres. A pesquisa foi divulgada pela Thomson Reuters Foundation e realizada por meio de entrevistas em 19 cidades ao redor do mundo com populações que ultrapassam 10 milhões de habitantes.

A pesquisa contou com a participação de acadêmicos, profissionais da área de saúde, integrantes de ONGs e elaboradores de políticas públicas. Eles responderam perguntas de quatro áreas-chave como a violência sexual, acesso à saúde, incluindo o controle de natalidade e a taxa de mortalidade materna. Ainda fizeram parte do levantamento questionamentos inerentes às práticas culturais, como a mutilação de genitálias, infanticídio e casamentos na infância, bem como oportunidades econômicas que incluem o acesso à educação e a serviços como a abertura de uma conta bancária.

São Paulo ocupa juntamente com Nova Déli o posto de cidades que representam os maiores fatores de risco para violência sexual. Apesar dos dados, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que o Estado de São Paulo é pioneiro no aprimoramento de políticas de segurança no combate à violência sexual e de gênero. Depois da capital paulista e da capital indiana, aparecem no ranking das piores do mundo no aspecto da percepção de risco violência sexual para as mulheres a cidade do Cairo (Egito), Cidade do México, Dhaka (Bangladesh), Istambul (Turquia), Jacarta (Indonésia), Kinshasha (Congo), Carachi (Paquistão) e Lima, (Peru). Em último lugar, na lista das 19 cidades, está Tóquio.

Cenário brasileiro

Segundo o Mapa da Violência de 2015, o Brasil tem a quinta maior taxa de assassinatos de mulheres do mundo. Entre 1980 e 2013, mais de 100 mil brasileiras foram mortas apenas por serem mulher. A Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda que crimes de ódio contra a mulher sejam mapeados e divulgados periodicamente.  Para a instituição, o procedimento auxilia em investigações e ajuda a criar políticas públicas de segurança de acordo com o perfil de cada região.

O Código Penal brasileiro define desde 2015 que feminicídio é o homicídio doloso (com a intenção de matar) cometido contra mulheres e motivado por violência doméstica, familiar, menosprezo ou discriminação ao sexo feminino. A pena para um homicídio simples varia de 6 a 20 anos de detenção, enquanto o feminicídio impõe de 12 a 30 anos.

Iniciativas de combate

Na Cidade do México, mulheres vem buscando alternativas para se preparem para as constantes situações de vulnerabilidade em que são expostas. Como forma de proteção, as mulheres estão buscando academias de Jiu-Jitsu para aprenderem a arte de autodefesa.

No Brasil, a campeã mundial da luta, Erika Paes desenvolve ação em três capitais brasileiras após ter sido vítima de tentativas de violência doméstica. Erika esteve presente na reunião ampliada do Movimento Mulheres Municipalistas (MMM) da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e contou sobre sua iniciativa.

A CNM ainda desenvolveu, em parceria com a União Europeia, o Projeto Mulheres Seguras. A iniciativa visa definir um modelo de intervenção para estimular a articulação de líderes mulheres de governos locais e da sociedade civil para o planejamento e a construção conjunta de políticas de prevenção e combate à violência contra as mulheres nos espaços públicos e privados.

O projeto foi aplicado em dois grupos de Municípios, localizados em Pernambuco e no Rio Grande do Norte, liderados por prefeitas e vice-prefeitas, municipalistas -chave nesse processo de capacitação e de criação de estratégias de segurança e assistência para as mulheres de acordo com as necessidades locais. As iniciativas planejadas no projeto são voltadas tanto para aumentar a segurança das mulheres nos espaços públicos quanto para oferecer uma maior rede de assistência àquelas que sofrem violência doméstica e familiar.

Confira o vídeo sobre a reunião do MMM. Saiba mais sobre o Projeto Mulheres Seguras 

 


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