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09/09/2014
Cerca de 175 milhões de passageiros deixaram de usar ônibus nas nove capitais mais populosas do país (Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e São Paulo) em 2013. É o que contabiliza balanço divulgado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Ao todo, 560 mil passagens deixaram de ser vendidas diariamente, se comparado com o ano anterior.
Isso equivale a uma redução de 1,4% no número de passageiros transportados, entre 2012 e 2013. Esse percentual sobe para 30% se recorte for feito entre 1995 e 2013. De acordo com a NTU, essa queda se deve, principalmente, à migração das pessoas para os transportes individuais motorizados e ao alto custo do diesel, repassado ao valor da tarifa.
Entretanto, o presidente da NTU, Otávio Cunha, acredita que não é a má qualidade do transporte público que tem gerado a diminuição da demanda por ônibus. “É a baixa demanda o que tem resultado na má qualidade do transporte público”, garante. Ele argumenta que a situação atual é o reflexo da falta de investimento do governo federal em políticas públicas.
Melhoras
Apesar da crítica, a diretoria da NTU avalia que os recentes investimentos feitos em infraestrutura para mobilidade já começam a apresentar resultados.
“Os corredores [exclusivos para transporte público] recentes darão melhorias significativas ao transporte. A partir de 2016 veremos resultados muito significativos. Rio de Janeiro, Belo Horizonte já têm demonstrado aceitação [por parte da população]. Esses corredores obrigarão [a construção de] novos corredores que vão atrair mais demandas. Todas cidades que migraram para esse tipo de política já colheram resultados, e os investimentos feitos reverterão a situação atual”, argumentou Cunha.
Na capital federal
Brasília também adotou essa medida. O primeiro corredor de ônibus começou a funcionar em 27 de dezembro de 2011. A faixa exclusiva abrange 8 quilômetros da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) e, segundo o site do Transporte Urbano do Distrito Federal (DF Trans), a obra beneficia uma região com mais de 400 habitantes.
Dados preliminares da DFTrans dão conta de uma diminuição de 10 minutos no tempo de viagem no trecho entre o Recanto das Emas e a Rodoviária do Plano Piloto. Antes realizada em 1h05, a viagem de ônibus entre os dois pontos passou a ser feita em 55 minutos em média após a inauguração da faixa exclusiva. A redução representa uma economia de 15% do tempo utilizado antes.
Da Agência CNM, com informações da Agência Brasil e RBA