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02/12/2020
Boas Práticas: Campo Grande (MS) é exemplo na implementação do Projeto Vida no Trânsito
Campo Grande (MS) foi uma das primeiras localidades a aderir ao Projeto vida no Trânsito (PVT), tida como uma das melhores traduções da essência do projeto. Para tanto, gestores da capital montaram um Gabinete de Gestão Integrada de Trânsito. Além de exercer o papel de orientar as iniciativas integradas de segurança no trânsito, a gestão enfrentou um desafio comum a muitos programas: sua continuidade ao longo das administrações governamentais, em permanente mudança.
Após as intervenções no âmbito do projeto, em seu período piloto - que ocorreu entre 2010 e 2014 -, foi identificado o cumprimento das metas nos indicadores de processo, como a criação de Comitês intersetoriais, instalação de mecanismos de redução de velocidade. Além disso, foi colocado em prática um maior controle de velocidade; o aumento dos pontos de controle de alcoolemia; o aumento dos testes de alcoolemia e redução da positividade do CAS nos testes.
O modelo de sucesso se expandiu para as demais capitais brasileiras e, posteriormente, para mais de 50 outros. Em 2016, o Projeto tornou-se um programa regular do Ministério da Saúde. Isso porque, o projeto apresentou uma redução das taxas de mortalidade por 100.000 habitantes em 3 das 5 cidades, além da redução das taxas de mortalidade para cada 10.000 veículos nas 5 cidades, risco reduzido de morte nas 5 cidades: mais do que em seus respectivos Estados.
Sobre o projeto
O Projeto Vida no Trânsito (PVT), nascido de uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) e um consórcio de parceiros nacionais e internacionais, teve início em cinco capitais brasileiras em 2010, sob a coordenação nacional do Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil. O projeto teve por foco a redução de mortes e lesões graves no trânsito, a partir da qualificação das informações, das ações planejadas, desenvolvidas e executadas intersetorialmente.
Apesar de sua coordenação nacional, o projeto é gerenciado e desenvolvido nos Municípios, por meio de suas coordenações locais. Todas as cidades tiveram como ponto comum inicial a constituição de comissões intersetoriais locais que, com algumas variações, são formadas por representantes dos setores de saúde, segurança pública, trânsito, transporte e educação e comunicação, entre outros. Além da integração intersetorial, a qualificação da informação sobre os acidentes constituiu-se um marco caracterizador do Vida no Trânsito, orientando as ações locais. O modelo se expandiu para as demais capitais e, posteriormente, para mais de 50 outros municípios tendo ainda inspirado iniciativas similares.