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30/07/2007

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Bancos internacionais financiam projetos de desenvolvimento local

Carla Etiene
Agência CNM

 

Os bancos estão se adaptando à realidade da América Latina para responder melhor ao paradigma social da região. Esse processo foi relatado na conferência A experiência dos bancos na promoção das políticas públicas locais, atividade do III Congresso Latino-Americano de Cidades e Governos Locais, realizado em Florianópolis (SC) na semana passada.

 

Representantes do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) apresentaram os processos de reestruturação dessas instituições para se adaptarem à realidade latino-americana. “Nossos processos devem estar adaptados às dinâmicas das comunidades, precisamos estar mais próximos”, afirmou o representante do Banco Mundial, Marcos Thadeu Abicalil.

 

Dados do Banco Mundial indicam que a América Latina é uma das regiões mais urbanizadas do mundo – três em cada quatro cidadãos vive em cidades – e que é também uma das mais desiguais – seus índices ficam abaixo da África sub-saariana. O continente tem ainda 17 dos 50 pontos do mundo mais vulneráveis a catástrofes ambientais e um terço de sua população vive em assentamentos precários.

 

Para atender às necessidades desse cenário, o Banco Mundial descentralizou de Washington (Estados Unidos) sua administração e abriu três novas áreas de atuação: habitacional, crédito de carbono e combate à violência. “Temos um objetivo de longo prazo para as cidades, queremos cidades sustentáveis social, ambiental, econômica e gerencialmente”, disse Abicalil.

 

Bilhões
O BID trabalha com projetos em quatro áreas: competitividade, programas sociais, modernização do Estado e integração. Entre 1961 e 2006, disponibilizou recursos de aproximadamente US$ 145 bilhões. Em 2007, trabalha no desenvolvimento de 33 projetos.

 

O representante do banco,  José Luis Lupo, falou sobre programas desenvolvidos pela instituição, como o Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus, iniciado em 2005, o Programa Nacional de Apoio aos Municípios, que disponibiliza US$ 300 milhões, e o Procidades, que fomenta o desenvolvimento urbano integrado.

 

Para buscar financiamento no Banco Mundial e no BID, é necessário que os projetos sejam desenvolvidos em parceria com a União porque é ela que tem o controle da contabilidade dos recursos.

 

Caixa
O representante da Caixa Econômica Federal, Carlos Averbeck, falou sobre os desafios que os municípios assumem ao desenvolverem projetos em parceria com o banco, como capacitar e promover a participação da sociedade, e sobre os formatos de projetos, que podem ser desenvolvidos em parcerias, convênios e consórcios.

 

“Temos entre 60% e 70% dos municípios capacitados pela Caixa para elaborar seus projetos”, afirmou. A Caixa oferece orientações sobre programas e assistência técnica, entre outros serviços.


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