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28/07/2014

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Avanços para cidades em documento a ser apresentado à Assembleia Geral da ONU

Gov. BahiaDesde março de 2013, um grupo de trabalho no âmbito das Nações Unidas tem desenvolvido os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). No dia 19 de julho, o grupo finalizou o documento que será apresentado em setembro para a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para discussão.
 
Essa nova agenda é importante para os Municípios brasileiros, porque conterá metas a serem cumpridas pelo governo brasileiro, sendo que muitas delas dependem da atuação dos governos municipais. Ressalta-se ainda que substituirá os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que têm como prazo final o ano de 2015.
 
Objetivo
A Organização Mundial de Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU) destaca alguns pontos importantes. Um deles é a inclusão de um objetivo específico sobre urbanização que prevê a promoção de cidades e assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis foi assegurada. Isso foi o foco de uma grande campanha liderada por associações internacionais de governos locais e para a qual a Confederação Nacional de Municípios (CNM) também contribuiu.
 
Tal objetivo abrange uma série de metas. Na última reunião, foi incluída uma meta sobre cultura na promoção de cidades sustentáveis, mais especificamente: fortalecer esforços para proteger o patrimônio cultural mundial e natural. Outro ponto é o acesso à moradia adequada, segura e com preço razoável e a reurbanização de favelas constitui também uma meta. É previsto o incentivo ao planejamento urbano participativo, integrado e sustentável.
 
Urbanização na agenda
Este objetivo tem sido amplamente apoiado por governos locais e suas associações representativas, com base em uma série de argumentos. Metade da população mundial vive em áreas urbanas e três quartos da atividade econômica global são urbanos. No entanto, cidades têm enfrentado dificuldades para lidar com o aumento populacional crescente e abrigam extrema miséria e degradação ambiental.
 
Ao mesmo tempo, grande parte das metas e dos indicadores dos ODM foi desenhada para as áreas rurais e subestimam a pobreza urbana. A linha de pobreza esconde a miséria em áreas urbanas, já que o custo das necessidades básicas é mais caro do que no meio rural. A concentração de grupos de rendas mais altas nas cidades geram estatísticas melhores, as quais por vezes não revelam a real escala da pobreza. As condições de vida também não são levadas adequadamente em consideração nos indicadores gerais. Em regiões de concentrações populacionais, por exemplo, a existência de ponto de água não significa acesso à água para todos os moradores, nem a presença de esgotamento sanitário garante que esse seja adequado para servir certo contingente populacional e esteja em condições apropriadas.
 
Valorização dos governos locais
Espera-se também que esses objetivos gerem uma maior visibilidade dos governos locais nas agendas internacionais, bem como considerem as necessidades e potencialidades do poder local. Os meios de implementação do objetivo de urbanização sustentável prevê a adoção de um enfoque territorial, que apoie as relações entre as áreas urbanas, peri-urbanas e rurais. Além disso, o objetivo 16 sobre sociedades inclusivas e sustentáveis destaca a importância da governança nos diferentes níveis.
A CNM também está atuando nacional e internacionalmente para que essa agenda reflita os interesses dos Municípios. Para isso, colaborou com iniciativas da CGLU e tem participado das discussões sobre o assunto promovidas pelo governo brasileiro.

Acesse aqui a carta enviada para o governo federal da CNM.
 
Leia mais sobre o posicionamento da CNM:
 

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