Sistema monitorado pelo Inpe indica desmatamento de 219 km² da Amazônia em um trimestre

Dados do Sistema de Detecção em Tempo Real (Deter) indicam que a Floresta Amazônica perdeu 219 km² de área em um trimestre. De acordo com as informações do sistema, operado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento na Amazônia Legal aumentou 40% entre novembro de 2014 e janeiro 2015, em relação ao mesmo trimestre anterior. 

Os números foram divulgados nesta segunda-feira, 2 de março. Em relação ao mesmo período entre 2013 e 2014, os satélites captaram 156,8 km² alertas de desmatamento. Por Estado, Mato Grosso foi onde ocorreu a maior devastação da floresta – 179,61 km²; seguido de Pará com 56,8 km²; e de Rondônia com 21,5 km². Além desses três Estados, fazem parte da Amazônia Legal todos os entes da Região Norte e parte do Maranhão. 

Foram divulgadas ainda informações sobre a degradação florestal - destruição parcial da vegetação. No trimestre entre 2014 e 2015 a degradação foi de 70 km², queda de 38% em relação ao período de novembro e janeiro anterior, que registrou 113,9 km² de degradação. De acordo com o Inpe, o Deter serve para orientar a fiscalização em campo e coibir o desmatamento ilegal. O sistema não é utilizado para a medição precisa de área, já que é feito com imagens de satélite de resolução moderada e tem sempre uma margem de falsos positivos.

O último dado divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente apontava redução de 18% no desmate entre agosto de 2013 e julho de 2014 em relação ao período anterior. O índice oficial do governo federal é representado pelo Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (Prodes).

Da Agência CNM, com informações do Inpe e do Portal G1