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10/11/2006

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Seminário discute desenvolvimento sustentável das regiões áridas e semi-áridas

Agência CNM

O Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente realizam de 13 a 16 de novembro, em Petrolina (PE), o I Seminário Internacional das Regiões Áridas e Semi-Áridas.  O seminário vai apresentar estudos e experiências de 11 países que possuem reservas de clima seco e que se encontram mais avançados nas alternativas para o desenvolvimento sustentável nessas regiões. Os países são China, Marrocos, Paraguai, Argentina, México, Egito, África do Sul, Nigéria, Chile e Peru. Atualmente, 40 países possuem clima seco.

Uma das propostas do encontro é fazer o intercâmbio dessas experiências, coordenada com o Programa da Unesco “O Homem e a Biosfera” ao qual o Conselho da Reserva da Biosfera da Caatinga está vinculado. O Programa tem como missão promover e divulgar relações equilibradas entre os seres humanos e a natureza e delega ao Conselho os objetivos de difundir informações e conhecimento sobre a conservação da biodiversidade e a sustentabilidade da Caatinga, o único bioma tipicamente brasileiro, presente nos Estados do semi-árido do Nordeste do Brasil.

A programação do evento vai discutir a caracterização ambiental, econômica e os impactos ambientais das reservas da biosfera das regiões áridas e semi-áridas dos países participantes.  O evento também contará com visitas técnicas aos centros de pesquisa e de produção agrícola da região de Petrolina, um pólo econômico desenvolvido em pleno semi-árido brasileiro.

Para amplificar essas atribuições, a presidente do Conselho e secretária executiva de Meio Ambiente de Pernambuco, Alexandrina Sobreira, colocou em pauta a criação de uma rede internacional das reservas das regiões áridas e semi-áridas e que será referendada no encerramento do Seminário. “Essa rede vai permitir intercâmbios de pesquisas com foco no desenvolvimento sustentável, na preservação e na manutenção da população das reservas em níveis aceitáveis de alimentação e direitos universais”, explica, acrescentando que será escolhido um país para ser sede da rede e o Brasil, por meio do Conselho, irá candidatar-se.

O diretor executivo do Conselho, Roberto Gilson, revela que a troca de experiências entre os países pode favorecer a definição de programas para alavancar regiões subdesenvolvidas. “Com a rede, pretendemos estabelecer estratégias para captarmos recursos de fundos internacionais, como o Perez Guerreiro – ligado à ONU, de agências de cooperação e instituições que atuam para o desenvolvimento com preservação ambiental”, explica.

Apesar dos baixos índices de desenvolvimento do Nordeste, o semi-árido brasileiro é a região seca mais populosa do mundo, com 28 milhões de pessoas no bioma Caatinga, predominante em 16% do território nacional. Com uma aridez que não afugenta as pessoas, ao contrário de países desérticos como o Egito que tem apenas 4% do seu território habitável, o Brasil possui uma política de desenvolvimento que garante recursos para os municípios do semi-árido, delimitados pela Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária (Embrapa), em 1991, e ações que são desenvolvidas pela sociedade civil e os governos para garantir a ocupação humana no semi-árido. O Clima atinge 86,48% da área dos estados do Nordeste e 11,01% de Minas Gerais e 2,51% do norte do Espírito Santo. Ao todo, temos uma área total de 974.752 km2 com clima semi-árido, onde a média pluviométrica é de 750 mm por ano. Uma pequena parcela dos municípios chega a ter menos de 400 mm de média e em anos mais secos, de 200 mm. Embora exista uma má distribuição, não existe ano sem chuva.

Com informações da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente


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