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06/11/2015

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Rompimento de barragens em Minas Gerais causa destruição e morte

Corpo de Bombeiros/MGDuas barragens de rejeito de minério se romperam em Minas Gerais, na tarde da última quinta-feira, 5 de novembro. A enxurrada de lama desceu pela encosta e inundou o distrito de Bento Rodrigues, localizado a 35 quilômetros do Município de Mariana. O episódio já é considerado um dos piores desastres ambientais já registrados em Minas Gerais, aponta a Defesa Civil do Estado.

O desastre ocorreu por volta das 16h30. Naquele momento, pelo menos 50 trabalhadores estavam na barragem chamada Fundão, informa o Sindicato dos Trabalhadores na Mineração. Ela pertence à Mineração Samarco, que atua na exportação do produto.

A outra barragem que também registrou problemas foi a de Bento Rodrigues. Com o rompimento, um rio de lama com rejeitos da mineração arrasou tudo que encontrava no caminho, ao longo de, pelo menos, 10 quilômetros. Os serviços essenciais, como o abastecimento de água e energia, foram interrompidos.

O trabalho de busca e salvamento das vítimas tem sido difícil e custoso. Somente com helicópteros é possível chegar às áreas destruídas, relata o secretário de saúde de Mariana, Juliano Duarte. Além disso, existe o risco de contaminação com os materiais presentes na lama.

A tragédia em números
Segundo a prefeitura de Mariana, mais de 600 pessoas moravam na região e, agora após a tragédia, muitas ficaram desabrigadas. Aos poucos, elas são encaminhadas para abrigos disponibilizados pela prefeitura. Voluntários ajudam a organizar os donativos recebidos e fazer sua distribuição às famílias afetadas.

Até o momento, já foram confirmadas duas mortes e 75 feridos de acordo com o Corpo de Bombeiros. A corporação prevê que o número de mortes pode chegar a 40. Dezenas de pessoas ainda permanecem desaparecidas, o que preocupa os parentes a cada minuto que passa.

Isso porque a chance de alguém sobreviver a um soterramento de lama ou terra molhada é quase nula. Na maior parte dos casos, a vítima se afoga com a força da água ou acaba sufocando com a quantidade de água em questão de minutos. Equipes do Corpo de Bombeiro, Polícia Militar, Defesa Civil estadual e municipal, e a Guarda Civil trabalham conjuntamente para buscar sobreviventes. Ainda não há estimativa dos prejuízos financeiros causados.

Possível causa do acidente
Uma das hipóteses levantadas para explicar a causa do rompimento das barragens é a do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Eles acreditam que abalos de terra próximos poderiam ter contribuído para o acidente acontecer.

O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) confirmou que um abalo sísmico natural ocorreu uma hora antes do desastre. O tremor foi de magnitude 2,5 na escala Richter. Porém, o Departamento reforça que não é possível provar relação entre o deslizamento das barragens e os tremores de terra. Para o DNPM, somente uma perícia poderiam confirmar a informação oficialmente.

Como ajudar?
Devido às proporções da catástrofe, a prefeitura de Mariana decretou Situação de Emergência. O Município também organizou umaPref. Mariana/MGcampanha para recebimento de donativos às famílias atingidas. Já foi recolhido um grande número de colchões, cobertores e roupas. Portanto, a prioridade agora é para materiais de uso pessoal como escovas de dente, toalhas de banho, pratos, copos e talheres descartáveis e água potável.

Todas as doações serão recebidas durante todo o dia no Centro de Convenções Alphonsus Guimaraens, localizado na Rua Av. Getúlio Vargas, s/n, Centro. Quem está fora do Município e quiser fazer doações em dinheiro, a conta bancária é a seguinte: CNPJ: 18.295.303/001-44, Agência: 2279-9, Conta Corrente: 10.000-5, Banco do Brasil.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) continuará acompanhando a situação no Estado.

Agência CNM, com informações da Prefeitura de Mariana

 


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