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19/10/2022

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Representantes municipais participam de treinamento sobre resíduos sólidos na Suécia

WhatsApp Image 2022 10 18 at 08.00.32A Confederação Nacional de Municípios (CNM), juntamente com representantes de Municípios brasileiros, participou de um treinamento na Suécia sobre gestão de resíduos sólidos. Dividido em três etapas, o curso foca na elaboração do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS). A primeira etapa do treinamento Estratégias Municipais de Gestão Integrada de Resíduos ocorreu em São Paulo, de 24 a 27 de maio deste ano. O curso é uma iniciativa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) em parceria com a Agência de Proteção Ambiental da Suécia (Sepa, na sigla em inglês) e a consultoria MILAV.

Na segunda etapa, realizada na Suécia de 10 a 14 de outubro, os participantes conheceram os modelos de gestão e de gerenciamento de resíduos sólidos adotados no país, compreenderam as responsabilidades do poder público e do setor privado e discutiram o financiamento dos serviços.

Além do conteúdo expositivo, os gestores visitaram a agência de proteção ambiental da Suécia e um consórcio intermunicipal de resíduos sólidos, instituído em 1986, que atua com educação ambiental desde a sua formação. O consórcio presta os serviços de coleta seletiva, compostagem, biodigestão anaeróbia, incineração e aterro sanitário, além de promover a cobrança pela prestação dos serviços. Também foram visitadas empresas associadas a triagem e reciclagem de vidro e plástico, além de pontos de entregas de resíduos.

A CNM foi representada pelo analista em saneamento da entidade, Pedro Duarte, que destacou a participação. "É fundamental conhecer experiências de países que iniciaram algumas décadas antes do Brasil sua transição para uma gestão e gerenciamento mais eficiente de RSU. Nosso desafio é, inspirados em exemplos como o da Suécia, buscar adequar e adaptar soluções e modelos de gestão ao contexto brasileiro observando aspectos socioeconômicos e a perspectiva municipalista, com foco no munícipe”, apontou.

Responsabilidade Estendida do Produtor (REP)
Uma das diferenças marcantes entre os dois países e que desonera os Municípios suecos é a Responsabilidade Estendida do Produtor (REP), que funciona com a cadeia produtiva, não somente o fabricante ou produtor, arcando com o custo de destinação das embalagens postas no mercado.

No Brasil, embora o art. 33 da Lei 12.305/2010, estabeleça a obrigatoriedade do setor empresarial em estruturar e implementar sistemas de logística reversa, inclusive de embalagens em geral (papel, plástico, vidro e metais), isto não se efetiva na prática. Além disso, a lei ainda define que se o Município se encarregar de atividades de responsabilidade dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes destas embalagens, deverá ser ressarcido pelo setor empresarial, o que também não tem acontecido na prática.

Note-se que o correto seria considerar na lei brasileira a Responsabilidade Estendida do Produtor, assim como ocorre nos países europeus, ao contrário da logística reversa, termo que tira o peso de responsabilidade do setor empresarial, mas não o desonera de cumprir com suas obrigações.


Da Agência CNM de Notícias 


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