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26/09/2017

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Relatório da ONU retrata atividades físicas e seu papel no desenvolvimento humano

Ag. CNMAlgumas pessoas praticam esportes por lazer, outras pela qualidade de vida, outras porque almejam se tornar profissionais. E há ainda os que não gostam. O Relatório Nacional de Desenvolvimento Humano do Brasil 2017 faz uma avaliação minuciosa do impacto das atividades físicas na vida das pessoas, apontando sua conexão com áreas como Saúde e Educação, presentes na Agenda 2030.   

A Agenda faz parte de um compromisso internacional que pretende levar adiante o desenvolvimento sustentável nos países. Ela é composta pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que totalizam 17 diretrizes.

O relatório mostra que a agenda ligada ao esporte também está em acordo com os ODS, uma vez que contribui para o desenvolvimento das pessoas e a paz. Os primeiros capítulos do material são dedicados a esclarecer o conceito de Atividade Física Esportiva (AFE) e mapear os tipos mais praticados no Brasil.

Perfil

Em termos gerais, a caminhada é a AFE mais praticada, respondendo a 37,6% do total. Em segundo lugar, com 23,6%, aparece o futebol, seguido pelas práticas de academia. Elas correspondem a um percentual de 12,7%.

O relatório aponta que as mulheres estão mais inclinadas para a caminhada ao passo que os homens se voltam para o futebol. Segundo o estudo, existe uma relação direta entre a intensidade da prática de AFE e o rendimento mensal. Entre as pessoas classificadas na primeira faixa de renda (sem rendimento a menos de meio salário mínimo per capita) o percentual totaliza 68,5%. Já entre os que se encontram na faixa mais elevada (acima de cinco salários mínimos), o percentual é de 89,2%.

Motivações

A pesquisa também mergulha nas razões mencionadas para a prática de Atividades Físicas Esportivas. Entre elas, melhorar a qualidade de vida ou bem-estar fica como sendo o principal motivo. Os brasileiros apontam ainda que praticam AFE para relaxar ou se divertir, e para melhorar ou manter o desempenho físico, nessa ordem de incidência.

Mais uma vez, aparecem as diferenças sociais. No setor com menor renda, o motivo mencionado com mais frequência é “relaxar ou se divertir” (31,3%). Essa proporção diminui na medida em que aumenta o rendimento, alcançando a menor representação no grupo com rendimentos acima de cinco salários (10,6%).

Estudo amplo

O relatório traz ainda um capítulo dedicado a falar sobre a estrutura governamental, as leis e o financiamento da área. A expectativa das Nações Unidas é que a publicação possa servir para estimular o debate e, sobretudo, a construção de políticas públicas em consonância com a realidade do país. 

 


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