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13/12/2022
Informativo da CNM: combustíveis voltam a subir e inflação de novembro soma 0,41%
A inflação registrou alta de 0,41% em novembro, mas é o menor valor para o mês desde 2018. A informação faz parte do informativo elaborado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) sobre a inflação que acompanha a evolução do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O IPCA é o indicador oficial de inflação do governo federal, o qual o Conselho Monetário Nacional (CMN) determina uma meta para cumprimento. O IPCA avalia mensalmente uma cesta de 377 itens para famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários-mínimos.
Esta edição levou em consideração os preços coletados de 28 de outubro a 29 de novembro de 2022 (referência) contra os preços vigentes de 29 de setembro de 2022 a 27 de outubro de 2022 (base). De acordo com o levantamento, o IPCA acumulado em 12 meses, chegou a 5,90%, mantendo tendência de queda iniciada em julho e alcançando o menor nível desde fevereiro de 2021 (5,20%). Cabe ressaltar que este valor está acima da inflação projetada como centro da meta, pelo CMN, de 3,5% para 2022, e mesmo do limite superior da meta, fixado em 5,0%.
A composição da taxa de inflação demonstra fatores que podem ajudar a entender a inflação no mês. Dos 377 itens analisados no período, 221 (59%) registraram a ocorrência de inflação, representando o menor valor desde agosto de 2020.
Categorias em alta
A decomposição do IPCA aponta que sete das nove categorias apresentaram alta na taxa de inflação. Os grupos do IPCA mais relevantes foram transportes (0,17 p.p.), alimentação e bebidas (0,12 p.p.), habitação (0,08 p.p.), vestuário (0,05 p.p.), despesas pessoais (0,02 p.p.). Os grupos de saúde e cuidados pessoais e educação apresentaram estabilidade, enquanto artigos de residência (-0,03 p.p.) e comunicação (-0.01 p.p.) contribuíram negativamente com a inflação do mês.
A partir da avaliação da cesta de 377 produtos presentes no IPCA, é possível avaliar os 10 itens que mais e menos contribuíram para a taxa de inflação observada no período. Neste mês ocorreu uma importante reversão na dinâmica da inflação, uma vez que a gasolina interrompeu uma sequência de cinco meses como o item que menos contribuiu para o IPCA para se tornar o item mais relevante (0.14 p.p.). Na sequência, etanol (0.05 p.p.) e cebola (0.05 p.p) completam a lista dos produtos mais afetados. No outro extremo, passagem aérea (-9,8% ou -0.07 p.p.), leite longa vida (-7,09% ou -0.06 p.p.) e perfume (-4,87% ou -0.05 p.p.) reverteram a tendência de alta dos últimos meses.
Deflação
Desde o início da vigência da LC 194/2022 (julho e novembro), o IPCA acumulou uma deflação de 0,33%, convergindo para a menor inflação acumulada em 12 meses desde fevereiro de 2021. Analisando os últimos 12 meses, o principal elemento de arrefecimento da inflação em 2022 têm sido os transportes, que recuou de 21% em novembro de 2021 para uma deflação de 0,93% de novembro de 2022. Por outro lado, a inflação de alimentos e bebidas permanece alta, de 7,9% para 12%, comprometendo consideravelmente o custo de vida nos Municípios brasileiros.
Confira as edições anteriores do Informativo CNM de Inflação.