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20/05/2005
Projeto para Mecanismo do Desenvolvimento do Limpo pode creditar R$ 10 bilhões ao Brasil
Maria Luiza Albuquerque
Agência CNM
O Ministério das Cidades e do Meio Ambiente, abriram edital para seleção de municípios para elaboração de estudos de viabilidade de projetos em Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), baseados no aproveitamento de gases gerados nas áreas de destinação final de resíduos.
O objetivo deste projeto é reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE), proveniente de lixões e aterros sanitários, principalmente o metano que agrega um componente emitido da decomposição orgânica e selecionar municípios a serem contemplados com estudos de viabilidade técnico-economica para origens em MDL.
Os 200 maiores municípios podem participar da seleção e somente 30 serão contemplados. Poderão reverter recursos financeiros para prefeituras municipais comercializando no mercado global de carbono os “créditos de carbono”. Com isso o Brasil participa de forma positiva e contribui para redução dos GEE.
De acordo com o Protocolo de Kyoto todos os países industrializados devem diminuir em 5% o total de emissões de gases estufa na atmosfera, em relação aos níveis atingidos em 1990. Aderiram ao protocolo, 141 países. Apenas os Estados Unidos da América e a Austrália se opuseram, embora o governo australiano pretenda cumprir com a meta de emissões e participar de futuras negociações.
Desde 2000 foi aprovada a comercialização da emissão de cotas de gás estufa entre países. Cada país deve cumprir sua meta de emissão e aquele que obtiver crédito poderá vende-lo. Estima-se que este crédito atinja R$ 10 bilhões nos próximos anos e o Brasil pode responder por uma boa parcela deste mercado com a implementação deste projeto nos municípios.
Segundo o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, “O Brasil tem grande chance de se beneficiar com o comercio de emissões, por suas características geográficas e agora com a elaboração do projeto para aplicação do Desenvolvimento do Limpo (MDL)”, afirma.