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04/08/2014

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Processo de desertificação ocorre no Nordeste brasileiro, em Alagoas problema afeta 62% dos Municípios

04082014_desertonoAlA desertificação é a degradação da terra nas regiões áridas, semi-áridas e subúmidas secas, resultante de fatores como: as variações climáticas e as atividades humanas. Só em Alagoas, 62% dos Municípios passam por esse processo, conforme uma pesquisa elaborada pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). 

De acordo com o Atlas das Áreas Susceptíveis à Desertificação do Brasil, do governo federal, além de Alagoas, Munícipios do Ceará, do Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco, do Piauí, de Sergipe enfrentam o mesmo problema. A vegetação tem se reduzido ou acabado totalmente, o solo tem perdido suas propriedades e tornado-se infértil. 

Localizada no médio sertão alagoano, Olivença é um exemplo de Município que apresenta níveis alarmantes desertificação. O estudo da Universidade indica que o processo já e irreversível em algumas áreas no Sertão. Como por exemplo: em uma região de limites entre os Munícipios de Santana do Ipanema, de Olho d’Água das Flores e de Olivença, com ou sem chuva, o solo permanece do mesmo jeito, sem resposta da vegetação. 

O problema atinge boa parte do Nordeste brasileiro. Segundo o pesquisador integrante do Lapis, Anselmo Santos, na região mencionada no exemplo a degradação vem do desmatamento indiscriminado para abrir espaço para agricultura e pecuária, além da retirada de lenha. Com isso fica evidente que o processo de degradação ambiental é grave e continua aumentando. 

Medidas
Santos lembra que se nenhuma medida efetiva for tomada, as pessoas dos Municípios atingidos pela desertificação vão migrar para grandes centros, gerando outros problemas sociais. “É complicado pensar em uma solução para um problema tão complexo, mas, a criação de subestações nas proximidades do Canal do Sertão poderia tratar e distribuir a água para resolver ao menos o problema da falta de água potável para o povo sertanejo”, disse. 

O Canal do Sertão Alagoano objetiva levar água à população, contribuir para melhoria da qualidade de vida, promover o desenvolvimento econômico regional e contribuir para a redução do êxodo rural. A meta é beneficiar 42 Municípios da região do Sertão e Agreste do Estado, anualmente atingidos pela seca. 

Da Agência CNM, com informações do UOL


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