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26/02/2010
Piauí terá o maior Parque de preservação ambiental do País
CNM
A partir de março, o Parque Nacional da Serra das Confusões, no Estado do Piauí, se tornará a maior área de preservação ambiental do País. Serão anexas às terras do Parque, 300 mil hectares, totalizando 802 mil hectares de caatinga, um bioma existente apenas no Brasil. Sete Municípios já haviam feito doações de seus territórios para a criação do Parque, em 1998. E para a ampliação, dois Municípios - Bom Jesus e Santa Luz – tiveram suas terras demarcadas.
A área a ser incorporada ao Parque pertence à Serra Vermelha, uma chapada de 4.900 km2 quadrados que abriga água em poços. O Município de Bom Jesus tem terras demarcadas para o Parque pela segunda vez. Em 1998, os Municípios de Jurema; Tamburil do Piauí; Canto do Buriti; Alvorada do Gurgueia; Cristino Castro, Guaribas e Bom Jesus fizeram a demarcação de terras.
O prefeito de Bom Jesus, Alcindo Piauilino Benvindo Rosal, diz que o Município não participa da administração do Parque. “Um comitê é formado por membros do Governo Federal. Nós [os Municípios que integram o Parque] não temos autonomia nos assuntos da reserva. E não acredito que esta seja a maneira correta, acho que eles não dão conta”, lamenta. Mas apesar da contrariedade, Rosal acredita que a proposta de Ecoturismo possa acarretar benefícios aos Municípios envolvidos. “A proposta é boa, vamos esperar”, indica o prefeito.
Ecoturismo
Com o projeto de ampliação do Parque, o turismo ecológico é posto ainda mais em evidência na região. Estruturas para turismo em grutas, trilhas e até museus a céu aberto nas áreas de sítios arqueológicos e pinturas rupestres dentro do Parque Nacional estão em fase de licitação. A Serra da Capivara, distante apenas 80Km da Serra das Confusões, há tempos chama a atenção de turistas, inclusive estrangeiros.
Agricultura
A produção agropecuária nesta região é desenvolvida apenas pela agricultura familiar e de subsistência. Guaribas, por exemplo, tem o menor Produto Interno Bruto (PIB) per capita do país. E para preservar a área da Serra das Confusões, os governos locais têm lutado para que a produção de soja não se expanda para os arredores do Parque, devido à especulação de que o preço da terra na caatinga esteja mais baixo que no cerrado.