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31/10/2016
Pesquisa global indica que mulheres bebem tanto quanto homens
Consumo de álcool entre mulheres cresce e se equipara ao dos homens, segundo estudo global de pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade de New South Wales, na Austrália. A pesquisa analisou o consumo de bebidas alcoólicas por 4 milhões de pessoas – homens e mulheres – por mais de um século. Ela mostrou que, nos últimos anos, as mulheres têm bebido e se expondo a tantos riscos associados e aos efeitos nocivos do álcool quanto os homens, principalmente as mais jovens.
De acordo com a pesquisa global, entre 1891 e 1910, os homens eram duas vezes mais propensos a consumir bebidas alcoólicas do que as mulheres e corriam três vezes mais risco de desenvolver problemas como alcoolismo ou que causem danos à sua saúde. Mas, entre 1991 e 2000 essa diferença praticamente desapareceu. Nesse período a taxa de predisposição dos homens beberem mais do que a mulher caiu para apenas 1,1 vez e de problemas relacionadas ao uso abusivo da substância para 1,2 vezes.
O principal problema das mulheres beberem tanto quanto os homens é que seus organismos são diferentes e o corpo das mulheres não tolera o álcool tão bem quanto o dos homens. O corpo feminino tem menos água, o que faz com que o álcool fique mais concentrado em seu organismo. Elas também têm fígados menores do que os homens, o que torna mais difícil a metabolização da substância de forma segura.
Doenças
Em 2010, as doenças relacionadas ao consumo de álcool resultaram em cerca de 5 milhões de mortes em todo o mundo. Estima-se que elas foram responsáveis por mais de 161 milhões de anos de vida perdidos. Outros dados – de estudos feitos por pesquisadores da Alemanha, França e Itália – indicam que basta uma dose de bebida alcoólica por dia para aumentar o risco das mulheres desenvolverem câncer de mama em 5%. Para mulheres que bebem mais – três ou mais doses por dia – o risco de contrair a doença aumenta em 50%.
Agência CNM, com informações da Veja