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09/08/2013

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Paragominas combate o desmatamento e vira exemplo na Amazônia

Prefeitura de ParagominasO Município de Paragominas, no Pará, que antes encabeçava a lista dos locais que mais causavam prejuízo ao meio ambiente, agora virou modelo de desenvolvimento sustentável para a Amazônia. Um pacto firmado pela prefeitura com a sociedade implementou um projeto de desmatamento zero em 2009. Hoje, Paragominas é o único Município da Amazônia com desmatamento monitorado por satélite e com quase 100% de adesão ao Cadastro Ambiental Rural (CAR).
 
Segundo dados do Sindicato de Produtores Rurais de Paragominas, foram cadastradas 690 propriedades, que ocupam 94% da área rural do Município. Desta forma, segundo o prefeito Paulo Tocantins é possível que o poder público fiscalizar.
 
Ao cruzar as imagens dos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) com o mapeamento rural, sabe-se exatamente onde está ocorrendo um foco de desmatamento ou queimada e quem é o responsável por aquele espaço.
 
Resultado verde
Hoje o Município conta com 66,45% de todo seu território em floresta nativa consideradas como áreas protegidas. Como resultado dos esforços municipais 11 hectares foram instituídos como Parque Ambiental Municipal de Paragominas, área verde com função ambiental e social. O Programa já plantou 50 milhões de árvores e, a cada ano, planta mais cinco milhões de mudas. O sucesso foi tão grande que o governo do Estado implementou o programa em outros Municípios do Pará.
 
O prefeito, Paulo Tocantins, explica que as escolas recebem educação ambiental, com assuntos relacionados às medidas implementadas na cidade, como reflorestamento, agricultura de baixo carbono, financiamentos na Amazônia para o baixo carbono, entre outros. “Até 2017 a meta é plantar 12 metros quadrados por habitante na zona urbana do Município”, adianta.
 
O gestor conta que em troca da adesão ao cadastramento, proprietários rurais receberam perdão de parte do valor devido em multas causadas por passivos ambientais do passado. Áreas de Proteção Permanente (APAs) e reservas legais estão sendo recompostas com o auxílio dos próprios fazendeiros, para compensar o abatimento.
 
Antes da mobilização que modificou para sempre a cultura da população, a Força Nacional realizou ações de repressão, autuou e fechou empresas. Em 2009, o Ministério Público Federal embargou a carne produzida no Pará, fazendo com que produtores, indústrias e frigoríficos sentissem no bolso as consequências da falta de consciência ambiental.
 
O reconhecimento ultrapassou fronteiras e o trabalho ambiental foi homenageado no Fórum Mundial de Empreendedores Sociais, realizado na Inglaterra.

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