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28/12/2020
Onu-Habitat monitora Covid-19 em 1,7 mil cidades; 46 são Municípios brasileiros
O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UN-Habitat) e o Sistema de Medição da Saúde e do Bem-estar (CitiIQ) lançaram uma plataforma para monitorar casos de Covid-19 em 1,7 mil cidades. A ferramenta busca números e identifica hotspots, para que líderes nacionais e locais planejem e implementem ações de respostas. Dentre as localidades selecionadas, 46 Municípios são brasileiros.
Inicialmente, 1,2 mil cidades participaram do monitoramento diário para identificar o impacto e os desafios enfrentados pelos gestores em função da pandemia causada pelo coronavírus, por considerar que o monitoramento é a chave para o sucesso de qualquer estratégia nacional e local. Agora, em dezembro, foram incluídas novas 500 cidades, com tendências diárias à plataforma de rastreamento.
As contagens são feitas por pontuação diária das cidades, que variam de acordo com a disponibilidade de dados em um determinado dia. As novas cidades abrangem o Reino Unido (85), Alemanha (48), Argentina (58), Japão (24), Coreia do Sul (4), Austrália (30), África do Sul (7), Canadá (25), Estados Unidos (75) e México (144). Além das 46 cidades brasileiras.
O sistema de medição da Plataforma é uma avaliação objetiva da saúde geral e do bem-estar de uma cidade. Ele converte dados brutos em pontuações até cem para que os elementos da cidade sejam facilmente comparados dentro de uma determinada cidade ou com outras cidades ao redor do mundo, cidades com diferentes portes habitacionais participam da iniciativa.
A metodologia é baseada em evidências para pontuar 35 elementos essenciais dentro de cinco dimensões prioritárias, incluindo necessidades básicas, competitividade, oportunidade, viabilidade e destino. A partir de um painel on-line intuitivo, as medições de uma cidade estão disponíveis.
Tendência
As tendências de uma cidade são ilustradas por meio de códigos de cores em um mapa-múndi. Quando os casos revelam uma categoria de queda ou baixo número de casos, a plataforma exibe valores verdes, um número crescente de casos exibe valores vermelhos e as taxas de mudança próximas a zero são cinzas.
Por exemplo, a situação em várias cidades da Europa que sofrem com uma segunda onda de Covid-19 pode ser monitorada. Muitos gestores tentaram mudar a taxa de infecções por meios de ações restritivas e bloqueios. O site mostra as cidades que agora passaram da tendência do vermelho – casos crescentes – para um nível estável.
Vermelho
Outras partes do mundo, como os Estados Unidos e o Canadá, contabilizam aumentos significativos de casos, em uma possível segunda onda do vírus. Essas cidades têm observado um do contágio, mostradas por meio do indicador vermelho. Tais tendências ficam ainda mais claras quando uma cidade específica é selecionada e a tendência da cidade é comparada com a do país.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) acredita que as ferramentas de mapeamento com uso de dados georreferenciados por meio das geotecnologias auxiliam aqueles gestores que trabalham nas linhas de frente dos testes e tratamento da Covid-19. No entanto, para outros, as informações de tendências fornecem um ponto de referência que muda com o tempo. Essas mudanças podem apoiar a vigilância em cidades com tendências de crescimento ou redução e fomentar ações coletivas e participativas da comunidade de isolamento social.
Da Agência CNM de Notícias, com informações ONU-Habitat