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27/08/2013
O clima no Brasil passa por mutações, diz especialista do Inmet
A situação de neutralidade nos oceanos é o motivo pelo qual o Brasil, e os outros países da América Latina, passam por tantas “mutações” climáticas. A neve no Sul e a estiagem extrema no Nordeste são normais, segundo o metereologista do Instituto Nacional de Metereologia (Inmet), Luiz Cavalcanti.
O especialista explica que, no momento, as temperaturas, os ventos e as chuvas não são comandados por fenômenos definidos como o El Niño e a La Niña, por isso o clima apresenta tantas diferenças. No entanto, isso não é anormal. “A cada dez anos ocorrem essas mudanças”, diz.
A neve que caiu em Curitiba (PR) é exemplo dessas mutações. Não nevava na capital paranaense há 43 anos. “São fenômenos recorrentes na América do Sul, mas a neve no Rio Grande do Sul, por exemplo, deve acabar logo”.
Disparidades de regiões
Luiz Cavalcanti fala ainda das diferenças climáticas nas regiões do Brasil. “No Sul o clima é mais temperado do que tropical como no restante do país, por isso as mudanças ao longo do dia são mais frequentes”.
Nesta madrugada de 27 de agosto nevou em Municípios da Serra Gaúcha e de Santa Catarina. “A neve deve acabar, mas as temperaturas nos três Estados sulistas devem cair ainda mais”, afirma o metereologista.
No Nordeste, a preocupação é a falta de chuva. Condição “comum”, segundo Cavalcanti. “As chuvas no Semiárido acontecem de fevereiro a maio. Quando não acontece nesse período não existe nada de anormal”.
Em relação ao Centro-Oeste, onde também não chove há meses, Luiz Cavalcanti garante a chuva só chega à região central a partir da primeira quinzena de setembro. “Podem ocorrer chuvas passageiras para amenizar por um ou dois dias a umidade”.
As dimensões brasileiras fazem com que o país apresente tantas diferentes e que os extremos mais próximos dos oceanos sofram mais com as alterações do clima.