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08/10/2014

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Novo estudo indica que desmate florestal libera 20% mais CO2 do que o estimado

IbamaO desmatamento de florestas tropicais tem emitido pelo menos 20% mais dióxido de carbono do que se acreditava anteriormente. A nova informação consta em um estudo que abordou todas as florestas tropicais do planeta, com foco especial na Mata Atlântica e na Amazônia. Ele foi promovido por cientistas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade de São Paulo (USP). 

A principal conclusão foi de que a perda de biomassa nas bordas dos fragmentos não vinha sendo calculada, levando a uma subavaliação dos efeitos da degradação florestal. Segundo os autores, quando se considera os efeitos da fragmentação e das bordas, estimasse que as emissões de dióxido de carbono são bem maiores do que se previa antes. Para eles, o estudo é o primeiro a apresentar uma estimativa global para as emissões de carbono em decorrência dos efeitos da fragmentação florestal. 

O estudo aponta que a porcentagem de perda de carbono diminui conforme aumenta o tamanho do remanescente florestal. Além disso, um quarto das emissões mundiais tem origem no desmatamento. Segundo os pesquisadores, como as emissões podem ser até 20% maiores do que o atualmente calculado, devido aos efeitos da fragmentação florestal, é possível que as emissões sejam subestimadas em muitas das avaliações científicas existentes. 

No Brasil
Segundo os pesquisadores, as florestas tropicais - a Mata Atlântica e a Amazônia em especial - são importantes para fornecer diversos serviços ambientais e um dos mais relevantes é a manutenção dos estoques de carbono, por meio da biomassa. Eles utilizaram imagens de satélite para analisar como as florestas tropicais estão espacialmente distribuídas e quais são os impactos dessa distribuição nos estoques de carbono. 

O estudo foi publicado na revista Nature Communications, e trabalho teve parceria com cientistas do Hemholtz Centre for Environmental Research (UFZ), da Alemanha, e da Universidade de Toronto (UofT), no Canadá. 

Da Agência CNM, com informações do Estado de S. Paulo


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