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08/09/2006
No Brasil 46 milhões de pessoas vivem sem saneamento básico
Agência CNM
A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou nesta terça-feira, 5, relatório sobre a situação do saneamento básico no mundo. O Brasil tem 46 milhões de pessoas sem acesso a saneamento básico. Para a organização, investimentos milionários serão necessários para garantir acesso à água e esgoto tratados.
Os governos assumiram em 2000, nas "Metas do Milênio", o compromisso de reduzir pela metade até 2015 o número de pessoas sem acesso à água potável e a saneamento básico. O Brasil atingiu a meta de acesso à água dez anos antes do prazo. Em 1990, 83% da população tinha esse benefício. A meta era chegar a 88% em 2015, mas em 2004 o País já apresentava uma taxa de 90%.
O problema, porém, está no saneamento. Em 1990, 71% da população tinha acesso ao serviço e, 15 anos depois, a taxa chegou a 75%. Para que o País atinja a meta, teria de alcançar a marca dos 80% em menos de dez anos, algo considerado improvável se o mesmo ritmo de investimentos for mantido. Nas cidades, a taxa de acesso ao saneamento está em 83%, um ponto porcentual acima do que era registrado em 1990.
O caso mais grave, porém, é no campo. Nas zonas rurais, apenas um terço da população conta com saneamento básico. A taxa é a mesma de 1990, o que deixa claro que investimentos não foram feitos. O dado mais alarmante é que caiu o porcentual de casas na zona rural com água encanada. A taxa era de 28% em 1990. Hoje, é de apenas 17%. Nas cidades, é de 91%.
Informações do Tribuna da imprensa online