Notícias
12/09/2011
Município paraense é referência na destinação de resíduos sólidos
CNM
Após 20 anos com um lixão a ceú aberto, oferecendo risco de contaminação para a população, catadores e ao próprio meio ambiente, Mauá da Serra (PR), implantou um centro de tratamento municipal de resíduos. O pequeno Município no Norte do Paraná, com cerca de 9 mil habitantes conseguiu dar uma destinação correta para o lixo produzido na cidade. O que é reciclavel está gerando renda para os trabalhadores do antigo lixão e, o que não é, está sendo transformado em adubo orgânico ou enterrado em uma vala impermeável de acordo com a legislação ambiental.
“Percebemos que um aterro sanitário somente não ia suprir as necessidades do Município. O Centro foi a melhor solução, pois somente 22% do lixo de toda a cidade é descartado no aterro sanitário. O restante é todo reaproveitado. Além disso mais de 20 catadores estão empregados e recebendo um salário mínimo na cooperativa, além dos ganhos com a venda de adubo e coleta”, explica o prefeito Hermes Wicthoff.
O Centro de grande porte trabalha a coleta seletiva, compostagem e reciclagem do lixo. Com mais de R$ 500 mil investidos do Poder Público Municipal, o projeto é considerado um dos mais modernos da região e foi implantado de acordo com as exigências do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
Para o prefeito o lixão ameaçava a população e era motivo de diversas ações judiciais. Ele respira aliviado agora que o projeto está pronto pois sempre quis resolver o problema e não tinha recursos. Ele alega que procurou as esferas estadual e federal para execução da obra, porém não teve o respaldo esperado. “O jeito foi juntar recursos daqui e dali do próprio Município, fazer economias, elaborar o projeto e, aos poucos, colocar a proposta em prática”, desabafa.
A prefeitura promoveu palestras ambientais em escolas, empresas e para para os orgãos públicos, conscientizando a população sobre a importância da coleta seletiva, além de distribuir milhares de panfletos didáticos nos bairros, explicando seu funcionamento. “Começamos só tem 60 dias, mas os resultados são surprendentes. As pessoas estão separando o lixo e ajudando”, conta Hermes que ainda destaca que seu Plano Municipal de Resíduos Sólidos vai estar pronto em outubro.