Notícias
03/12/2018
Município gaúcho firma parceria e consegue converter gás gerado do lixo em energia limpa
Uma parceria firmada entre a prefeitura da cidade gaúcha de Minas do Leão com a iniciativa privada foi preponderante para o Município conseguir atender exigências previstas na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e ainda incrementar receitas. O prefeito Miguel Almeida esteve na sede da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e deu detalhes dos benefícios do projeto de captura e queima do biogás gerado no aterro da cidade. As instalações da usina de geração de energia a partir do gás de aterro sanitário do Rio Grande do Sul foram aprovadas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A estrutura foi instalada no aterro da Central de Resíduos de Recreio (CRR) e, além de Minas do Leão, atende quase 100 Municípios do Rio Grande do Sul. O projeto é resultado de um planejamento que aproveitou a condição favorável gerada por uma área já degradada pela mineração do carvão a céu aberto (Mina do Recreio), além de hidrogeologia adequada para a implantação segura de um aterro sanitário. O processo reduz a emissão de CO2 em aproximadamente 170 mil toneladas por ano, contribuindo também para a redução de gases do efeito estufa.
A estrutura é composta por um sistema de coleta e oxidação térmica do biogás, sopradores, tanque de separação de condensado e queima controlada em flare enclausurado, o que possibilita uma redução anual em torno de 170 mil toneladas de CO2. A Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR) inaugurou no ano de 2015 uma unidade de geração de energia, tendo como combustível o aproveitamento do biogás obtido da decomposição dos rejeitos depositados. A unidade geradora tem uma potência de 8,5 MWh, e pode atender aproximadamente 100 mil habitantes.
Arrecadação
Além de contribuir para a geração de energia limpa, o projeto é rentável para o Município de Minas do Leão que consegue arrecadar tributos com a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e de outros impostos. Esses recursos são oriundos também com a contratação de outras cidades do Rio Grande do Sul. A receita é fundamental para a economia de Minas do Leão que possui apenas 8 mil habitantes.
Segundo o prefeito, o custo do Município fica restrito ao transporte dos resíduos até a estação. O gestor avaliou o projeto como positivo para a sua cidade e aconselhou que outros prefeitos também possam debater a viabilidade de ações com essa temática em suas respectivas cidades. “O lixo é um assunto que tem que ser desmistificado. Esse tema também ganhou resistência das pessoas na minha cidade. Então, se o prefeito tiver uma área ambientalmente correta, bem localizada e uma empresa que possa dar condições ao projeto é uma vantagem para o Município, pois se cria oportunidade de gerar renda e resolver os problemas dos Municípios com os resíduos sólidos”, argumentou o gestor.
Por: Allan Oliveira
Foto: Jefferson Viana
Da Agência CNM de Notícias, com informações do G1 e da CRVR