MCidades lança diagnóstico sobre resíduos sólidos urbanos

Agência CNM 

Estudo elaborado pelo Programa de Modernização do Setor Saneamento (PMSS) traz amostra do Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos de 2003 no Brasil e será lançada hoje, 07, pelo Ministério das Cidades. A pesquisa analisou 132 municípios, incluindo todas as capitais brasileiras, o que corresponde a cerca de 35% da população total do país, 61 milhões de habitantes. A publicação integra o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e se constitui no segundo diagnóstico da série anual, iniciada em 2002. 

Dados do estudo mostram que 48% dos municípios pesquisados oferecem serviços de coleta domiciliar regular a 100% da população urbana. Já na coleta seletiva verificou-se a prática em 78 dos 132 municípios analisados, bem como a recuperação de pouco mais de 173 mil toneladas de materiais recicláveis. Foram contabilizados a existência de 47 aterros sanitários e 79 aterros controlados e lixões nas 132 cidades da amostra.  

Apuração da pesquisa revela a existência de mais de 6,8 mil catadores em lixões ou aterros, e mais de 240 menores de 14 anos de idade nesta atividade, 100 mil empregados atuam no manejo do lixo urbano e quatro mil empregos gerados em frentes de trabalho temporárias. Existem mais de 7 mil catadores organizados em 111 entidades associativas fundadas naqueles municípios. Nas visitas às cidades foram recolhidas mais de 20 milhões de toneladas de resíduos domiciliares e públicos pelas prefeituras e empresas do setor.  

Com relação a aspectos financeiros: 25% dos municípios mantêm as despesas com o lixo em até 5% de seus gastos anuais. Em 2003, foram aplicados aproximadamente R$ 2,5 bilhões no custeio dos serviços de manejo de resíduos sólidos urbanos. 

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2004, recentemente divulgada pelo IBGE, mostra que o país vem melhorando na área de saneamento básico. A Pnad revela que, em apenas dois anos (2003 e 2004), mais de 12 milhões de pessoas passaram a ter coleta de lixo, 16 milhões de brasileiros passaram a ter acesso à água potável de qualidade e 11 milhões foram beneficiados com serviços de esgotamento sanitário.

Com informações MCidades