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19/12/2016

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Mais de 5 anos de seca deixa vida da população nordestina mais cara

APPMA Confederação Nacional de Municípios (CNM) têm noticiado há mais de cinco anos a seca que atinge os Estados do Nordeste. Em 2016, e a falta de chuvas aliada à escalada do desemprego nas principais regiões metropolitanas, potencializou os efeitos da crise econômica regional, segundo mostra o jornal Folha de São Paulo.

Em matéria, desta segunda-feira, 19 de dezembro, o jornal alerta que a crise hídrica no Nordeste levou a quebras de safra, que é o não alcança das estimativas de colheita por conta de fenômenos naturais. Isso reduziu o poder de compra da população nos Municípios do interior, de perfil predominantemente rural.

Ainda segundo a Folha, no Ceará, por exemplo, a estiagem afetou a agricultura familiar e irrigada, com impactos na produção da fruticultura e da bacia leiteira. "As áreas irrigadas estão com mais de 50% do fornecimento de água suspenso. A situação é grave", disse o representante da Associação Comercial do Ceará, João Porto Guimarães, ao jornal.

Inflação
A redução da oferta pressionou a inflação dos alimentos, resultando em um aumento de preços para o consumidor. A região metropolitana de Fortaleza tem a pior inflação de alimentos do país: alta de 16,2% em 12 meses até novembro, ante 11,6% na média nacional do período.

E isso se reflete em setores como o de supermercados, que, além de vendas menores, notam diferença no perfil de compra do consumidor. Em outros setores do varejo, comerciantes fecharam as portas e entregaram pontos de venda na capital e em cidades do interior.

Estudo da CNM
Em todo ano de 2016, a CNM atendeu diversas solicitações da imprensa nacional, em busca de dados sobre a seca no Nordeste. O estudo Prejuízos Causados por Desastres Naturais - 2012 a 2015, feito pela Confederação, aponta que a estiagem na região nordestina provocou perdas superiores a R$ 100 bilhões.

O trabalho da entidade municipalista, com base nos dados do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID) coordenado pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, está disponível para acesso no hotsite Observatório dos Desastres , vinculado ao portal da CNM. O objetivo do estudo – divulgado em maio – é chamar a atenção do poder público para a gravidade dos desastres naturais no Brasil, em valores.

 


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