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21/08/2012

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Maioria dos latino-americanos vive em Municípios com menos de 500 mil habitantes

NBr/Elza FiúzaMuitos latino-americanos estão trocando as grandes cidades pelos Municípios. Cerca de 222 milhões de pessoas, metade da população urbana da América Latina e do Caribe vive em Municípios com menos de 500 mil habitantes. Somente 14% dos habitantes da região estão nas megacidades, com mais de 65 milhões de habitantes.

A pesquisa divulgada nesta terça-feira, 21 de agosto pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos urbanos (ONU – Habitat) também mostra que os centros urbanos da região cresceram mais que cinco vezes nos últimos 50 anos.

O êxodo rural perdeu força e as migrações ocorrem hoje, sobretudo entre centros urbanos. O crescimento populacional também tem caído, o que contribui para a queda do desemprego e da pobreza.

Segundo o estudo, a densidade demográfica reduz custos e impactos ambientais, além de estimular a criatividade e a cultura. Esses benefícios só podem ser sentidos se houver uma boa administração e planejamento urbano.

Jorge Cordeiro/Agecom/BAMetrópoles
Se em 1950 havia 320 cidades com pelo menos 20 mil habitantes, meio século depois o número passou para dois mil. As metrópoles - com mais de cinco milhões de habitantes -, que não existiam na América Latina e no Caribe em 1950, hoje somam oito na região: Cidade do México, São Paulo, Buenos Aires, Rio de Janeiro, Lima, Bogotá, Santiago e Belo Horizonte.

Os Municípios com maior densidade populacional estão crescendo menos em termos populacionais desde a década de 1980 e, ao mesmo tempo, perdendo vantagens competitivas. Já os Municípios com menos de um milhão de habitantes são as que mais têm crescido, mas também indicam movimento de queda.

A pesquisa mostra que a especulação imobiliária é um problema comum na maior parte dos países estudados e contribui para a expansão das periferias, do número de rodovias e centros comercias, além de condomínios fechados. Esse tipo de crescimento também estimula o uso de transportes individuais em vez da criação de um tecido urbano interconectado. As conseqüências são congestionamento, poluição e periferias que crescem desordenadamente, sem infra-estrutura e sem meios de transporte adequados.

Trânsito
A pesquisa mostra ainda que o número de veículos individuais duplicou nos últimos dez anos, sem planejamento a longo prazo para lidar com os desafios da mobilidade urbana. O relatório elogia as iniciativas de alguns governos de resgatar as zonas centrais, criar ciclovias, mas lamenta que essas não sejam uma tendência.

Agência CNM, com informações da Agência Brasil


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