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25/01/2008
Agência CNM
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem, 24 de janeiro, na comemoração dos 85 anos de criação da Previdência Social, que a questão do déficit da previdência, no curto prazo, seria resolvida pelo crescimento da economia.
Lula destacou que, a partir dos anos 1980, a economia passou 20 anos crescendo pouco, influenciando a queda do mercado de trabalho e reduzindo a arrecadação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Disse ainda que, só no ano passado, foram 1,6 milhão de empregos a mais com carteira assinada.
“Na medida em que você começa a gerar mais empregos, você vai diminuir o déficit e aumentar a receita da previdência”, disse. “Na hora em que convencermos a economia informal de que é importante contribuir com a previdência social porque eles vão ficar velhos e também vão precisar da seguridade social, a gente vai perceber que, em poucos anos, vamos resolver o problema do déficit da previdência, sem que isso nos tire a oportunidade de apresentar ao país um sistema previdenciário que possa resolver o problema das futuras gerações, algo mais moderno, mais pensado”, declarou o presidente.
Ele afirmou que não tem dúvidas de que as próximas gerações precisarão de um novo sistema previdenciário porque as condições de trabalho não serão as mesmas de hoje. Lula frisou que o Fórum Nacional de Previdência Social, criado em 2007, tem o propósito de discutir um modelo previdenciário para o futuro sem mexer nos direitos adquiridos da atual geração de trabalhadores.
“Esse é um desafio que não vai ser feito na marra, por decreto. Não vai ser feito por emenda constitucional apenas. Isso vai ser feito na medida que a gente construir o consenso com os interessados na questão da previdência social”, ressaltou Lula.
O presidente citou, ainda, o Censo Previdenciário realizado pelo INSS, que permitiu a atualização cadastral de 17 milhões de beneficiários. Lula lembrou que muitas pessoas diziam que o maior problema do INSS seria o grande número de benefícios fraudados, mas que o Censo provou o contrário, pois apenas 85 mil benefícios foram cessados. “O que ficou provado ali? Que a maioria absoluta das pessoas recebe benefícios corretos”, afirmou o presidente.
Em seu discurso, o ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, anunciou que o censo será realizado a cada quatro anos, o que permitirá a permanente atualização do cadastro do INSS. Ele lembrou que, em muitos casos, a documentação estava incompleta, sem informações como CPF, nome e até mesmo sexo dos beneficiários. Atualmente, o censo está na fase de checagem dos dados informados por meio de cruzamentos com outras bases de dados dos órgãos públicos.
Com informações do MPS