Levantamento mostra desafios para evitar a escassez de água

CNM

O Dia Mundial a Água é comemorado nesta terça-feira, 22 de março. Para marcar o dia de comemoração deste bem da humanidade, um levantamento da Agência Nacional de Água (ANA) foi divulgado. O Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água mapeou as tendências de demanda e oferta de água, indicou que  mais da metade dos Municípios poderá ter problemas no abastecimento até 2015 e estimou em R$ 22 bilhões o total de investimentos necessários para evitar a escassez.

De acordo com o material, 3.059 Municípios, que representa 55% do total e 73% da demanda por água do País, poderão ter déficit no abastecimento de água. Entre eles, capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e o Distrito Federal.

O estudo considerou a disponibilidade hídrica e as condições de infraestrutura dos sistemas de produção e distribuição, além do aumento demográfico. Para evitar o racionamento até 2015, a ANA calcula que será necessário um conjunto de obras para o aproveitamento de novos mananciais e adequações no sistema de produção de água. Em análise prévia, um investimento de R$ 22,2 bilhões nesses mais de três mil Municípios para garantir abastecimento.

Investimentos
No entanto, os investimentos necessários a longo prazo somariam R$ 70 bilhões, considerados os gastos de R$ 22,2 bilhões para evitar déficit de abastecimento até 2015, e os R$ 47,8 bilhões necessários para manter a qualidade dos mananciais no futuro.  

Por região, o levantamento mostra que o Norte e o Nordeste têm os maiores problemas nos sistemas produtores de água. E apesar de a Amazônia concentrar 81% do potencial hídrico do país, na Região Norte, menos de 14% da população urbana é atendida por sistemas de abastecimento satisfatórios. No Nordeste, o percentual é de 18% e a região também concentra os maiores problemas com disponibilidade de mananciais, por conta da escassez de chuvas.

Além de investimentos financeiros para produção de água, o levantamento também aponta necessidade de investimentos significativos em coleta e tratamento de esgotos. O volume de recursos não seria suficiente para universalizar os serviços de saneamento no país, mas poderia reduzir a poluição de águas que são utilizadas como fonte de captação para abastecimento urbano.

• Veja o levantamento completo aqui

Agência CNM, com informações da Agência Brasil