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01/09/2014
Investimento em Saneamento gera desenvolvimento econômico com sustentabilidade
A redução da emissão de CO2 em 80% em apenas cinco anos fez do Brasil um modelo em redução de poluição do ar. Porém, este fato não se repete no que diz respeito à proteção das águas no Brasil. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) alerta que a poluição hídrica no país tem obrigado Municípios a despenderem milhões de reais em tratamento de água mais caros, além de terem cada vez menos reservatórios de água passíveis de serem utilizados para abastecimento humano.
Além disto, a CNM explica que a poluição hídrica afeta a biodiversidade aquática, o que inclui os ecossistemas marinhos. Dados do Estadão estimam que 77% dos poluentes despejados no mar acabem se concentrando na região costeira, que reúne o habitat marinho mais vulnerável.
No que diz respeito ao saneamento básico o cenário também é crítico. De acordo com estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil e pelo Conselho Empresarial Brasileiro pelo Desenvolvimento Sustentável, apenas 37,5% de todo o esgoto gerado no País recebe algum tipo de tratamento, o que o coloca e 112.º lugar no ranking de 120 países.
Índices de saneamento básico
Outro ranking realizado pelo Instituto Trata Brasil revela que dentre as 100 maiores cidades brasileiras a região Sudeste possui os melhores índices de saneamento básico. A CNM destaca ainda que nenhuma capital do país ficou dentre os dez melhores Municípios no ranking.
A Confederação chama a atenção para a redução no processo de expansão do setor de saneamento de 4,6% para 4,1% ao ano desde 2000, segundo o Estadão.
Investimentos
O investimento em saneamento básico é urgente e vai além da melhoria da saúde e qualidade de vida, pois gera efeitos positivos na geração de emprego e renda. Dados da Confederação Nacional de Indústria (CNI) evidenciam que para cada R$ 1 bilhão investido em saneamento básico, outros R$ 3,1 bilhões são gerados na indústria, comércio e serviços. A projeção estima a criação de 58,2 mil novos empregos diretos, crescimento de R$ 545 milhões da massa salarial e aumento de R$ 216 milhões na arrecadação de impostos federais, estaduais e municipais se o investimento for feito em saneamento.
Deste modo, a Confederação alerta que investir em saneamento, é investir na saúde e no desenvolvimento sustentável dos Municípios com geração de emprego e renda.
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