Impacto de acordo climático nos Municípios preocupa ONU

CNM

A Organização das Nações Unidas (ONU) incentiva todos os países a evitarem que o futuro tratado climático a ser adotado no fim do ano estimule a migração de empresas e postos de trabalho para Municípios com metas menores de redução das emissões de gases do efeito estufa. O acordo será assinado durante a 15ª Conferência Climática das Nações Unidas em Copenhague (COP 15), na Dinamarca, de 7 a 18 de dezembro.

O secretário de assuntos climáticos da ONU, Yvo de Boer participou de um evento do Fórum Econômico Mundial, na China, para parlamentares que temem a adoção de metas ambiciosas para a redução das emissões dê vantagens competitivas às indústrias chinesas. “O desafio é moldar um caminho à frente em Copenhague, moldar um acordo que não resulte em mudança de atividade econômica de um país para outro. Isso, afinal de contas, não faz sentido”, acrescentou.

Protocolo de Kyoto

O Protocolo de Kyoto, atualmente em vigor, assegura que a China e outros países em desenvolvimento não precisam se comprometer com reduções nas emissões de dióxido de carbono e outros gases, ao contrário do que ocorre com países desenvolvidos. A China teme que as nações industrializadas tentem conter o crescimento econômico chinês exigindo que o país adote limites rígidos nas emissões ou imponham as chamadas tarifas do carbono.

I Cúpula Amazônica de Governos Locais

Para a Confederação Nacional de Municípios (CNM), no Brasil, que também é um país em desenvolvimento, a discussão acerca deste assunto é pertinente, mas não desperta tanto interesse como devia. Para propor um debate mais abrangente e eficaz, a entidade organiza a I Cúpula Amazônica de Governos Locais, prevista para 7 a 10 de outubro em Manaus (AM).