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07/08/2008
Governo impedirá plantio de cana-de-açúcar na Amazônia
Agência CNM
Daqui pra frente o governo não autorizará nenhum novo projeto de plantio ou instalação de usina de cana-de-açúcar no Bioma Amazônia. Este foi um dos principais resultados da reunião entre os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Agricultura, Reinhold Stephanes, realizada na segunda-feira, 4 de agosto, no Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Para a Confederação Nacional de Municípios (CNM), a princípio favorável à decisão, o resultado da reunião entre os ministros deve permitir um período de transição aos municípios onde já existe o cultivo de cana-de-açúcar.
O zoneamento agroecológico da expansão da cana-de-açúcar para produção de etanol foi tema de discussão na reunião. O Bioma Pantanal foi excluído parcialmente. A decisão final dependerá do Palácio do Planalto.
De acordo com Minc, o levantamento que está sendo executado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), retira as áreas sem aptidão de solo, clima e declividade de 12%, e ainda aquelas com vegetação nativa. O levantamento está sendo feito em parceria com instituições do Consórcio de Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE-Brasil) como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Zoneamento
No caso do Bioma Amazônia, o zoneamento exclui a possibilidade de qualquer novo projeto, mas mantém as usinas que são licenciadas. No Pantanal, o zoneamento exclui totalmente a planície pantaneira, porém mantém a possibilidade de cultivo no planalto, onde já existem áreas consolidadas de produção há mais de dez anos. Nesse caso, a determinação é que migre para o sistema de plantio direto, menos agressivo ao solo. De acordo com o zoneamento, há áreas suficientes para expansão da produção em outros biomas sem que seja necessário derrubar nenhuma árvore.
Uma área estimada em 30 milhões de hectares poderá ser destinada para o plantio da cana exclusivamente para produção de etanol. Para dobrar a produção atual de etanol, que hoje é de 20 bilhões de litros/ano, são necessários 7 milhões de hectares, o que garante uma margem confortável para o aumento da produção.
Com informações do MMA
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