Frio intenso provoca mortes em São Paulo e prejuízos em outras regiões do país

O inverno chegou com toda força em várias regiões brasileiras. Entre as áreas mais afetadas pela massa de ar frio que atua no país estão o Sudeste, o Sul e parte do Centro-oeste. No Município de São Paulo (SP), as temperaturas dos últimos dias foram tão baixas que provocaram a morte de cinco moradores de rua.

Na manhã de segunda-feira, 13 de junho, a capital paulista registrou a menor temperatura dos últimos 12 anos. Segundo medição feita pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) a temperatura média na cidade chegou a 3,6ºC.

A situação é problemática também no Rio Grande do Sul. Este ano, pelo menos 68 Municípios gaúchos decretaram situação de anormalidade em função do excesso de chuvas. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) lembra que o frio pode contribuir para a proliferação de doenças como a H1N1, resfriados e outras respiratórias como asma, meningite e até mesmo pneumonia.

Desde maio deste ano, temperaturas negativas vêm sendo registradas nas regiões serranas de Santa Catarina. Para muitos visitantes, a mudança da paisagem durante a geada desperta admiração, mas por outro lado, o período também provoca efeitos na agricultura local. Este ano, vários criadores de gado perderam a pastagem e toneladas de hortaliças por causa do frio, que queimou parte da produção.

Segundo informações da Defesa Civil estadual, 20 Municípios catarinenses foram afetados. Entre eles, está Papanduva que já soma prejuízos de R$ 20 milhões. Também constam no relatório as cidades de Itainópolis, Apiúna e Blumenau. Em Apiúna, por exemplo, os danos na agricultura ultrapassam R$ 500 mil.

Outras cidades afetadas tiveram que criar abrigos temporários para os moradores de rua, como a capital Florianópolis, Biguaçu, São José, Lages e Itajaí. Em Florianópolis, Itajaí, Camboriú e Penha, Joinville e Ilhota registrou-se alagamentos, enquanto deslizamentos ocorreram em Blumenau, Balneário Camboriú, Penha e Ilhota.

Recomendações e dicas

A Confederação orienta que os gestores conversem com a comunidade sobre a importância de sair de casa devidamente agasalhado nos dias mais frios. Como lembra a entidade, a temperatura costuma cair bruscamente no fim da tarde e se estende até a manhã seguinte.

Os cuidados devem ser redobrados com crianças, idosos e moradores de rua, especialmente se a sensação térmica estiver abaixo de 0º grau. Algumas recomendações emitidas pela Defesa Civil de Santa Catarina podem ser úteis nesse período de baixas temperaturas.

Entre elas, abrigar animais domésticos nas noites mais frias, beber bastante água e evitar locais fechados com grande circulação de pessoas. Também é preciso garantir a higiene frequente das mãos para evitar a transmissão de doenças.

Agricultores e pescadores devem adotar medidas preventivas na geada. No último caso, o mar agitado aumenta o perigo sobre a navegação de pequenas e médias embarcações. Dessa forma, os barcos e apetrechos de pesca precisam ser protegidos. O órgão chama atenção, ainda, para edificações, infraestruturas e vias em áreas de vulneráveis à erosão e inundações costeiras.