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16/06/2014
Falta de Saneamento obriga Município a gastar milhões com despoluição hídrica
Os gastos com a despoluição hídrica são muito maiores do que o investimento prévio em Saneamento Básico, indica a Confederação Nacional de Municípios (CNM). Isso uma vez que recurso utilizado para tornar a água potável ou apenas minimizar a poluição se torna desperdício, se não houver investimento em esgotamento sanitário, por exemplo, para evitar a perpetuação da contaminação.
A afirmação é feita com base na ideologia e nos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que indica: cada U$$ 1,00 dólar investidos em Saneamento Básico são economizado de U$$ 4,00 a U$$ 34,00 dólares na Saúde. Uma vez que aumenta a proliferação de doenças quando não há água potável e coleta e tratamento de esgoto nos Municípios.
A partir do caso do Município de Pinheiros (SP), que investiu milhões para tentar o rio Pinheiros, a CNM confirma as informações. Em uma das tentativas, o Município objetivou formar flocos de poluição para depois removê-los do rio, uma técnica chamada de flotação que iniciou em 2001. Porém, em 2011, depois de investidos mais de R$ 160 milhões, o projeto foi abandonado devido à grande quantidade de lodo produzido – mais de 35 mil toneladas. Agora, o governo de São Paulo vai desembolsar mais R$ 11,8 milhões para levar o lodo com segurança para um aterro em Caieiras, na chamada Grande São Paulo, atendendo a uma ordem judicial de 2012.
Despoluição
A área técnica de Saneamento Básico da CNM enfatiza que nenhuma técnica de despoluição será efetiva se não houver a interrupção da principal causa da poluição do rio Pinheiros: o despejo de esgoto não tratado. Essa observação é válida para inúmeros outros Municípios brasileiros que da mesma forma despejam esgoto em seus recursos hídricos.
Com base nos dados, a entidade confirma que o investimento em Saneamento implica na otimização dos gastos públicos, evitando o desperdício de recursos financeiros com despoluição e ainda gera efeitos positivos na Saúde da população.