Excesso de chuvas causa destruição e morte em Minas Gerais e na Bahia

As chuvas ocorridas nos últimos dias na Bahia causaram sete mortes, 3.740 desalojados e mais de 70 mil afetados, até a manhã de hoje, segunda-feira, 13 de dezembro. Além do impacto causado no Estado baiano, segundo informações dos órgãos regionais, diversos Municípios de Minas Gerais também registraram estragos, dois mortos e mais de 6,3 mil afetados.

Com base nas informações divulgadas pela Defesa Civil Estadual dos dois Estados, dentre os principais problemas constatados estão: transbordamento de rios e inundações severas; destruição de pontes e estradas, deixando dezenas de comunidades isoladas; desabamentos de barrancos, com danos e bloqueios de estradas; destruição de milhares de casas; deslizamentos, alagamentos, inundações e enxurradas em bairros ruas e avenida.

Queda de muros, árvores e postes de energia, comprometendo o fornecimento de serviços essenciais como energia e comunicação; rompimento de Barragens; e acúmulo de lixo e entulhos também estão entre os principais problemas listados. A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério do Desenvolvimento Regional (Sedec/MDR) publicou o reconhecimento de Situação de Emergência (SE) de 17 cidades da Bahia e de 32 Municípios de Minas Gerais.

A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil de Minas Gerais (Cepdec/MG) ou a Superintendência de Proteção e Defesa Civil do Estado da Bahia (Sudec/BA), com o governo federal e o poder público municipal estão empenhados para promover ações de resposta. Desde as ocorrências, guardas Civis Municipais, integrantes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Corpo de Bombeiros e Polícia Militar trabalham para evitar outras vítimas.

De acordo com a área de Defesa Civil da Confederação Nacional de Municípios (CNM), em contato com os órgãos estaduais, há informação de que as Defesas Civis dos Estados e as prefeituras estão mapeando as regiões afetadas, os danos e os prejuízos. Até o momento, 25 Municípios baianos decretaram anormalidade e 29 Municípios mineiros também, mas, esses decretos devem ser analisados pela Sedec/MDR. Os gestores dessas localidades já criaram gabinetes de crise.

Fenômeno
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou alerta sobre um ciclone extratropical no sul da Bahia, na sexta-feira, 10 de dezembro. Segundo dados do Instituto, as regiões Norte e Nordeste do país estão com chuvas acima da média. À CNM, o Inmet explicou que o ciclone se formou no Atlântico Sul na semana passada e se intensificou nos dois últimos dias. O órgão informou ainda que um centro de baixa pressão criou uma frente na altura no nordeste de Minas Gerais, norte do Espírito Santo e oeste e sul da Bahia provocando tempestades.

A área técnica da CNM também entrou em contato com os Municípios afetados para auxiliar com a decretação de Situação de Emergência, inclusive em relação à documentação exigida pelo Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec), que deve ser cadastrada no Sistema Integrado de Informações Sobre Desastres – S2ID. A solicitação de apoio técnico e financeiro federal para ações de resposta, reabilitação e reconstrução das áreas afetadas deve ser feita pelo sistema da Sedec/MDR.

Orientações
É dever da União e dos Estados, nos casos de desastres naturais, apoiar os Municípios nas ações de buscas, socorro e assistência humanitária, monitoramento, prevenção, recuperação e reconstrução. Isso é o que diz a Lei 12.608/2012 do Sinpdec, lembra a CNM. Assim, a entidade apresenta a cartilha Proteção e Defesa Civil: Gestão Municipal de Risco de Desastres com explicações para solicitação de recursos para execução de obras emergenciais de recuperação e reconstrução das áreas destruídas e danificadas pelas chuvas.

Além das dicas aos gestores das regiões com anormalidade, a CNM lembra as recomendações das defesas civis municipais, especialmente, a população. Atenção aos sinais de trinca nas paredes, poças de água no quintal, portas e janelas emperrando, rachaduras no solo, água minando da base do barranco e inclinação de poste ou árvores. O aumento do volume de chuva pode gerar um maior risco de quedas de muros, deslizamentos e desabamentos. A Defesa Civil pode ser acionada através do número 199.

Da Agência CNM de Notícias
Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República (PR)