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28/08/2014
Estudo verifica baixo avanço do saneamento básico nas maiores cidades brasileiras
Foi publicado pelo Instituto Trata Brasil o Ranking do Saneamento 2014 que realiza um diagnóstico dos principais indicadores de saneamento básico (abastecimento de água; coleta e tratamento de esgotos; perdas; investimentos/arrecadação) dos 100 maiores Municípios brasileiros. A base de dados consultada foi extraída do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS 2012) do Ministério das Cidades.
Outro dado importante é sobre o desenvolvimento dos serviços de água e esgoto dos 20 melhores e 20 piores Municípios. Os resultados mostraram que das 20 cidades melhor colocadas, 14 já atingiram a universalização e as outras seis se encaminham para atingi-la nos próximos anos. Nas 20 últimas posições, no entanto, onde estão capitais como Manaus (AM), Natal (RN), Teresina (PI), Macapá (AP), Belém (PA) e Porto Velho (RO), apenas a capital amazonense atingiria a universalização dos serviços se manter os níveis de avanços de 2008 a 2012.
O amplo estudo revela que os avanços nos serviços de água e esgotos, assim como na redução das perdas de água nas 100 maiores cidades, continuam lentos. Por isto não ocorrerá a tão sonhada universalização dos serviços em 20 anos. Para que a universalização se torne realidade os governos federal, estaduais e municipais devem se comprometer mais.
Dados
Em relação ao atendimento da população com água tratada nos 100 maiores Municípios, 92,2% dos habitantes possuem este serviço, o que é bem superior à média brasileira em 2012, que foi de 82,70%. Além disto, 22 Municípios já atingiram 100% de atendimento de água, ou seja, já são universalizados nesta área. Dentre estas cidades, 89 cidades já atendem a mais de 80% da população com água potável. E os principais desafios estão em Jaboatão dos Guararapes (55,29%), Santarém (45,78%), Macapá (39,99%), Porto Velho (32,89%) e Ananindeua (27,2%).
Em relação ao atendimento da população com coleta de esgoto, a média de população atendida por coleta de esgotos nos 100 maiores Municípios, em 2012, foi de 62,46%. Esta dado é maior que a média nacional de 48,29%. Além disto, quase 40 cidades possuem mais de 80% da população com coleta, mas em 29% das cidades menos de 40% das pessoas têm acesso ao serviço.
Já para o tratamento dos esgotos, estes Municípios tratam apenas um pouco mais de esgotos do que a média do Brasil em 2012 (41,32% contra 38,70%). O ponto positivo é que a maioria dos 20 melhores Municípios alcançam 80% ou mais de tratamento.
Veja aqui o estudo.
Da Agência CNM com informação do Instituto Trata Brasil