Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com o política de privacidade e política de cookies.

Home / Comunicação / Estudo revela preocupantes projeções climáticas para o Brasil

Notícias

10/09/2013

Compartilhe esta notícia:

Estudo revela preocupantes projeções climáticas para o Brasil

Cristovão Nonato/AAMAs pesquisas não são animadoras para o clima no Brasil nos próximos anos. Os brasileiros que vivem no Semiárido nordestino e no Norte do país terão que se adaptar a falta de chuvas cada vez mais aguda. O contrário vai ocorrer nas regiões Sul e Sudeste, onde as chuvas serão mais constantes e fortes. A temperatura em todo o território deve aumentar em média de 1 grau Celsius a 5°C.

Essas são conclusões de um estudo de três anos, que envolveu 300 especialistas. Divulgado nesta segunda-feira, 9 de setembro, o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas faz um alerta: a situação pode piorar com a derrubada das matas. Quanto menos árvores, maior a temperatura e menor a umidade. “Condições propícias à savanização”, diz o estudo.

É certo que as alterações climáticas terão reflexo na economia do Brasil, baseada na agricultura. Algumas plantações deverão ser adaptadas e levadas para regiões mais amenas, o que provocará mudanças no cenário agrícola.

Valter Campanato/ABrProjeções
Amazônia, Cerrado e Caatinga apresentarão secas mais severas e temperaturas mais quentes, e o Semiárido nordestino possivelmente se transformará em área desértica. Não é difícil imaginar o futuro projetado pela pesquisa, quando atualmente os governos municipais buscam ajudas emergências por abastecimento de água.

No bioma Amazônia, até 2040, haverá redução em 10% no volume de chuvas e aumento de temperatura de 1 ºC a 1,5°C. Nos anos seguintes, de 2041 a 2070, a quantidade de chuvas diminuirá ainda mais, de 25% a 30%, e a temperatura deve subir entre 3°C e 3,5°C. No final do século, de 2071 a 2100, serão de 40% a 45% menos chuvas e de 5°C a 6°C mais quente.

As projeções são piores para a Caatinga. Aumento de 0,5°C a 1°C de temperatura e decréscimo entre 10% a 20% de chuva, até 2040. Depois, de 2041 a 2070, terá crescimento na temperatura de 1°C a 2,5°C e diminuição entre 25% e 35% no volume de chuva. Entre os anos de 2070 e 2100, o bioma sofrerá aumento de 3,5°C a 4,5°C e déficit hídrico de 40% a 50%.

MMACerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Pampas
Um dos biomas mais degradados nos dias atuais, o Cerrado sofrerá com a diminuição das chuvas entre 10% a 20% e 1°C a mais na temperatura. Nos anos de 2041 a 2070, estima-se alta de temperatura de 3°C a 3,5° e queda de 20% a 35% de chuva. O estudo alerta que esses números subiram para de 5°C e 5,5°C e redução de 35% a 45% no nível hídrico até o final do século.

No Pantanal, haverá acréscimo médio de 1°C na temperatura e diminuição de chuvas entre 5% e 15%. Depois de 2070, predominarão condições de aquecimento intenso, com elevação de 3,4°C a 4,5°C e diminuição nos padrões de chuva entre 35% e 45%.

No caso da Mata Atlântica o volume hídrico chegará a 20% e 25% a menos e as temperaturas 2°C a 3°C a mais. E nos Pampas, até 2040, as chuvas serão mais intensas de 5% a 10% e 1°C mais quente. No meio do século, as chuvas aumentarão de 15% a 20% e o aquecimento entre 1°C e 1,5°C.  Depois de 2070, a alta será de 2,5°C a 3°C e aumento de chuvas 35% a 40%.

 

 

 


Notícias relacionadas