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10/11/2015

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Espírito Santo se prepara para a chegada da lama do desastre em Mariana

10112015_DesastreSamarco_BrasilGovO Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), do Espírito Santo, intimou a Mineradora Samarco a tomar providências quanto aos impactos ambientais que a enxurrada de lama causará ao Estado. A lama com rejeitos usados no processo de mineração atingiu o Rio Doce e segue em direção ao Espírito Santo.
 
“A determinação do instituto é para que a empresa promova todo o apoio necessário aos Municípios e aos cidadãos capixabas que forem atingidos pela onda de lama, com ações que minimizem os impactos ambientais decorrentes da impossibilidade do tratamento de água nos locais afetados pelos rejeitos”, disse a Iema.
 
O Instituto é o responsável por emitir a licença ambiental na região. Dentre as medidas exigidas pelo instituto, estão o monitoramento da qualidade da água do Rio Doce e das águas do mar que serão atingidas pela lama. Além disto ele terá que distribuir água potável para consumo humano e animal. A Samarco foi contatada, mas não emitiu nenhum comunicado sobre o assunto até o fechamento da matéria.
 
Área atingida
De acordo com o biólogo André Ruschi, diretor da escola Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi, em Aracruz, no Espirito Santo, a lama que desce no Rio Doce atingirá cerca de 10 mil quilômetros quadrados do litoral norte da região litorânea do Estado. A área compreende três unidades de conservação marinhas: Comboios, Área de Proteção Ambiental Costa das Algas e Refúgio da Vida Silvestre de Santa Cruz, que somam cerca de 200 mil hectares no mar.
 
A Defesa Civil do Estado está trabalhando para alertar banhistas e moradores da calha do Rio Doce, que ainda não foram informados sobre a chegada da lama, o que deve ocorrer nas próximas horas. Além disto, o governo estadual preparou uma ação com empresas fornecedoras de energia elétrica e água, empresas privadas, diferentes órgãos estaduais e municipais das cidades de Baixo Guandu, Colatina e Linhares, localidades que devem sofrer a invasão de lama. Para isso, 60 carros-pipa foram disponibilizados para garantir o abastecimento de água.
 
Rompimento
A onda de lama é resultado do rompimento de duas barreiras de contenção de rejeitos de mineração da mineradora Samarco que aconteceu na última quinta-feira, 5 de novembro, na região de Mariana (MG). O acidente destruiu o distrito de Bento Rodrigues, na zona rural de Mariana, deixou três mortos, 24 desaparecidos e 612 pessoas desabrigadas.
 
Da Agência CNM, com informação da Agência Brasil

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