Enquanto Sudeste sofre com chuva, sul é atingido por forte estiagem

CNM

Os Municípios de Espírito Santo e Minas Gerais sofrem com as chuvas que atingem a região. Em Minas 70 municípios já foram afetados e 46 estão em estado de emergência e em Espírito Santo as chuvas já provocaram alagamentos e deslizamentos que causaram cinco mortes e deixaram 15.757 pessoas desalojadas.

Dentre os 33 Municípios afetados no Espírito Santo, estão: Muniz Freire, São Domingos do Norte, Vila Valério, Barra de São Francisco, São Gabriel da Palha, Iúna, Linhares, Itapemirim, Nova Venécia, São José do Calçado, Domingos Martins, Marechal Floriano, Apiacá, Alegre, Jerônimo Monteiro, Afonso Claúdio, Ibitirama, Santa Leopoldina, Ibatiba, Bom Jesus do Norte, Colatina, Baixo Guandu, Cachoeiro de Itapemirim, Itarana, Itaguaçu, Muqui, Mimoso do Sul, Santa Maria de Jetibá, Laranja da Terra.

Na Grande Vitória, foram registrados alagamentos em Vila Velha, Vitória, Viana, Cariacica e Serra. Em Fundão, o rio aumentou seu nível em 2,20 m e a Defesa Civil local está em alerta. A orientação da Policia Rodoviária é para que os condutores trafeguem com atenção redobrada, especialmente em condições adversas de tempo, a fim de evitar acidentes.

Estiagem

O oposto acontece no Sul do País que passa por uma forte estiagem trazida pelo fenômeno Lã Nina.  Em Bagé (RS), o Município já começou o racionamento de água. Outras regiões do Estado que sofrem com a seca são; Campanha, Herval, Aceguá e Pedras Altas. Um dos Municípios mais prejudicados é o de Candiota (RS), que decretou estado de emergência e tem 600 famílias sem água. Os moradores estão recebendo água de caminhões pipa e segundo o prefeito, Luiz Carlos, os prejuízos já alcançam R$ 7 milhões só na área rural. “Estamos tentando de tudo para ajudar as famílias, recebemos verba para construção de cistermas e o Município está reunido em um esforço concentrado para construir poços para a população”, afirma  Luiz, que afirma não ver uma estiagem como essa desde 2005.

Mesmo com a previsão de leves pancadas de chuva no Estado, as previsões metereologicas não são boas e indicam que o fenômeno Lã Nina continuará junto com a estiagem. Na metade sul do RS, a previsão é de que a chuva fique abaixo da média em janeiro. O La Niña é o resfriamento do Oceano Pacífico. Ele está até dois graus abaixo da média. A água mais fria dificulta a formação das nuvens de chuva que deveriam chegar até o sul do Brasil.