Enchentes: Prejuízos nos Municípios de Rondônia podem ultrapassar R$ 700 milhões

Desde fevereiro, diversos Municípios de Rondônia têm sofrido com os efeitos da constante subida do rio Madeira – que já atingiu o pico de 19,68 metros e 4,38 metros acima de sua média histórica registrada para o período. De acordo com a diretora executiva da Secretaria de Estado de Assuntos Estratégicos (Seae), Rosana Vieira de Souza, o Estado aplicou R$ 597 mil para socorrer os atingidos pela enchente, apenas nos 10 dias iniciais de operação.

“Até meados de fevereiro, os prejuízos públicos estão estimados em R$ 443 milhões”, calcula a diretora. Contabilizando prejuízos, Rondônia teve danificado e impossibilitado o tráfego na BR-425, que liga os Municípios de Nova Mamoré e Guajará-Mirim a Porto Velho; a BR-364, que dá acesso ao estado do Acre; e cerca de 5 km da estrada do Belmont, que dá acesso aos terminais de combustível das distribuidoras, obrigando o remanejamento para o Porto Organizado, que passou a operar com o quíntuplo da sua capacidade.

Das escolas estaduais, seis foram atingidas pela enchente, além de outras 12 serem mobilizadas para alojamento dos desabrigados, obrigando a paralisação do ano letivo para 11.692 alunos. As comunidades ribeirinhas que sobreviviam da agricultura e pecuária de subsistência, às margens do Madeira, viram suas lavouras e moradias serem totalmente encobertas pelas águas do rio. Os prejuízos nestas áreas estão estimados em R$ 124 milhões até o momento.

Doenças
Um dos maiores problemas enfrentado é a contaminação das águas por coliformes fecais e principalmente o risco de contrair Leptospirose (doença provocada pela urina e fezes dos ratos). A diarreia já atingiu 1.347 pessoas em Porto Velho e 7.405 em todo o Estado. Ainda há suspeita, ainda não confirmada, de casos de cólera.

Com informações do Rondoniadinamica