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29/12/2015
El Niño deve perder a força em 2016, o que trará reflexos na organização do clima
Motivo da instabilidade climática no Brasil, o fenômeno El Niño deve sofrer um enfraquecimento gradativo até meados de abril ou maio, disse o meteorologista-chefe da Previsão do Tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Luiz Cavalcanti. Todos os anos, a ocorrência do fenômeno é temida porque provoca flutuações no clima devido ao aumento da temperatura das águas do Oceano Pacífico.
Em 2015, segundo esclarecimento do especialista, o El Niño foi responsável pelo excesso de chuvas na região Sul, pela seca na região Nordeste e em parte da região Norte. Como noticiado, diversos Municípios Brasileiros enfrentaram problemas por conta dos efeitos do fenômeno. Só este ano, 1.461 Municípios tiveram reconhecida situação de anormalidade pelo governo federal. Ao todo, foram publicados 2.326 decretos de Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública.
"Foi um ano muito quente no Brasil", concluiu Cavalcanti. Dentre os principais acontecimentos, o meteorologista mencionou as chuvas no Sul e Centro-Oeste, a seca no Nordeste – que dura quatro anos – e a seca no Sudeste, no começo do ano, que resultou em problemas de abastecimento de água em São Paulo. Para ele, o fenômeno ainda atuará durante o primeiro semestre de 2016, mas seu enfraquecimento trará reflexos na organização do clima.
Dentre esses reflexos estão a previsão de menos chuva no Sul ao longo do ano e ocorrência de mais chuvas no Centro-Oeste, o que diminui a ocorrência de incêndios.
Agência CNM, com informações da Agência Brasil